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Economia Aumento do limite do empréstimo consignado gera cautela entre os bancos

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O novo limite representa uma queda de 0,04 ponto percentual em relação ao teto de juros anterior. (Foto: Divulgação)

O aumento dos limites do crédito consignado ainda está sob análise bancos, mas prevalece entre eles um tom de cautela com a medida num momento delicado para a economia. A criação do cartão de benefício consignado permite que a margem total consignável chegue a 45% no caso de aposentados e pensionistas, ou seja, comprometendo quase metade da renda do tomador.

Hoje, o crédito consignado no país soma R$ 535,4 bilhões, sendo R$ 301,1 bilhões só para servidores públicos. A inadimplência no consignado é de 2,5%, ante uma taxa de 3,5% nos recursos livres em geral.

Nos bastidores, algumas instituições demonstram receio com esse aumento do limite, e devem colocar o novo cartão na prateleira de produtos, mas sem oferecê-lo ativamente aos clientes.

“O risco de crédito é muito grande, o que significa que, para a operação valer a pena para o banco, seria preciso cobrar uma taxa de juros enorme. Isso é impraticável. O que acontece se a pessoa perde o benefício? É muito controverso”, diz uma fonte do setor.

A possibilidade de oferecer crédito consignado atrelado a benefício sociais é rechaçada pela maioria dos bancos privados. Assim, a modalidade tende a ser operada só pelos públicos quando a regulamentação do Ministério da Cidadania for publicada.

As medidas, de acordo com o governo, têm o objetivo “de atenuar os efeitos da crise econômica que atingiu as famílias brasileiras durante o período de pandemia”. No entanto, também são vistas como parte do rol de iniciativas para ajudar na reeleição de Bolsonaro.

BB e Caixa

O Banco do Brasil informou que avalia a possibilidade de aumentar a margem por meio do cartão de crédito consignado e do cartão benefício, pois já opera com margem ampliada de 35% para empréstimos consignados a beneficiários do INSS. A Caixa disse que a viabilidade financeira e operacional do cartão benefício está em avaliação.

Nos grandes bancos privados, a oferta ainda é vista com resistência. O Itaú disse que não trabalha com cartão consignado/benefício, e que não tem perspectiva de oferecê-lo. “Portanto, seguirá com a margem de até 35%”, comentou, por meio da assessoria de imprensa. O Santander disse que ampliará a margem do consignado “como manda a Lei”. O Bradesco só afirmou que vai “operar de acordo com a regra”.

Médio porte

Já nos bancos de médio porte, há uma divisão sobre o cartão de benefícios. Instituições que somente oferecem o crédito, ou seja, na qual o tomador não é também um correntista, tendem a implementar o produto, que em tese terá uma função diferente do consignado tradicional.

Entretanto, o receio é que acabe acontecendo o mesmo que se viu no o cartão de crédito consignado. Criado como uma espécie de financiamento ao consumo, com a possibilidade de sacar o limite no caixa, ele acabou virando um empréstimo.

Apesar disso, alguns bancos de médio porte já oferecem em seus sites a possibilidade de simular o consignado para quem recebe benefícios sociais.

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https://www.osul.com.br/aumento-do-limite-do-emprestimo-consignado-gera-cautela-entre-os-bancos/ Aumento do limite do empréstimo consignado gera cautela entre os bancos 2022-08-06
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