Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2021
A lista dos finalistas do Globo de Ouro saiu esta semana cheia de candidatos previsíveis. “O gambito da Rainha”, “Normal people” (séries limitadas), Emma Corrin e Olivia Colman (atrizes por “The crown”) e Matthew Rhys (ator, por “Perry Mason”) estão nela. “Ozark” foi prestigiada e o maravilhoso Bob Odenkirk (“Better call Saul”) concorre com Rhys, num páreo duro. A Netflix foi a campeã de indicações, o que também já não é novidade. Faz tempo que o serviço de streaming ganhou presença nas premiações mais importantes da televisão.
Na verdade, as maiores surpresas ficaram por conta das ausências. A mais gritante delas foi “I may destroy you”. A série criada por Michaela Coel causou sensação. Foi um dos maiores sucessos de 2020. Usando uma linguagem inovadora, abordou temas contemporâneos delicados com coragem. Era pule de dez. Mas foi ignorada. Lançada no Natal, “Bridgerton” (Netflix), outra campeã do streaming, ficou de fora. E Cate Blanchett foi a única indicação conquistada por “Mrs. America” (aqui na Fox). A série merecia mais. Além disso, causou estranheza o fato de “Emily in Paris” (Netflix) chegar à final por melhor série musical ou de comédia. Essa produção, ao contrário, merecia muito menos.
É muito bom constatar que, apesar de todos os recuos que os estúdios tiveram que fazer por causa da pandemia, há tanta produção de qualidade na competição. A indústria do audiovisual segue vibrante. E ela se mostrou mais importante do que nunca nesse momento em que o público ficou fechado em casa.
