Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2025
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou denúncia à Justiça, nessa terça-feira (21), contra um homem apontado como autor de diversas ameaças a autoridades estaduais e discurso de ódio com incitação ao preconceito contra a população LGBTQIA+ e religiões de matriz africana. A identidade do indivíduo não foi divulgada, nem outros detalhes.
Conforme o promotor Rafael Wobeto Pinter, o investigado utilizou aplicativo de mensagens para enviar recados ofensivos e intimidatórios a um juiz responsável por processos nos quais ele consta como réu. Os conteúdos incluem ameaças de retaliação, tentativas de coação para obter decisões judiciais favoráveis, além dos já mencionados ataques à dignidade de grupos sociais.
Os alvos incluíram outras autoridades do Poder Judiciários e também servidores estaduais. Ainda de acordo com a investigação, o homem foi preso em setembro, durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRS com apoio do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Brigada Militar (BM).
Roubo de veículos
A Justiça condenou a quase 18 anos de prisão dois integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de veículos em Porto Alegre. O grupo criminoso foi investigado pela 3ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal da capital gaúcha, no âmbito da operação “Namastê”, deflagrada pelo MP gaúcho com apoio do setor de inteligência da BM.
O julgamento que resultou na sentença teve como foco um assalto realizado em agosto de 2018. Na ocasião, a dupla abordou uma mulher em rua nas imediações de um supermercado e levaram a vítima como refém em seu automóvel BMW. Ela foi foi subjugada mediante ameaça com arma-de-fogo até ser deixada um local ermo na localidade conhecida como Praia do Paquetá, no município de Canoas (Região Metropolitana).
A operação “Namastê” resultou em 14 denúncias contra dez investigados por essa modalidade de crime. O promotor de Mauro Rockenbach atuou com sucesso para que os autores do roubo também fossem condenados a indenizar a proprietária do veículo em R$ 10 mil, a título de reparação de danos.
Em 2018, quando a mulher em questão foi alvo da ação da quadrilha, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul contabilizou um total de 16.121 ocorrências desse tipo. O número é o quarto maior dos últimos dez anos – no topo do ranking aparecem 2015 (18.138 casos), 2017 (17.859) e 2016 (17.614). A estatística passou depois a apresentar uma linha decrescente a cada ano, até atingir seu menor patamar em 2014, com 2.287 registros.
(Marcello Campos)
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