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Mundo Autoridades investigam envio de carta com ricina para a Casa Branca

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A Casa Branca não tem planos para suspender imediatamente todas as restrições para entrada de estrangeiros. (Foto: Andrea Hanks/The White House)

A Casa Branca recebeu um envelope contendo ricina, uma potente e fatal toxina de origem vegetal, revelou no sábado (19) o The New York Times. Citando uma fonte ligada aos serviços de investigação na capital americana, que recebeu informações sobre o inquérito, a correspondência, endereçada ao presidente Donald Trump, foi interceptada antes de chegar à sala de correio da sede do Executivo americano, e não há informações sobre pessoas que tenham tido contato com a substância, para a qual não há antídoto. Agências do governo federal no Texas também receberam cartas semelhantes.

Os investigadores não revelaram quando ocorreu o episódio, e ainda trabalham para tentar descobrir o remetente, possivelmente localizado no Canadá. Além disso, querem descobrir se outras correspondências semelhantes foram enviadas para a Casa Branca e outros endereços de figuras públicas. No começo da tarde de sábado, o FBI acrescentou que “não há ameaça ao público”.

Derivada do óleo de castor, a ricina é listada como arma química pela Convenção de Armas Químicas, de 1997, muito embora seja considerada menos letal do que substâncias como, por exemplo, os gases sarin e soman. A Casa Branca não comentou.

Nas últimas décadas, a substância foi usada em atentados e tentativas de assassinato. Alguns exemplos foram a morte do dissidente búlgaro Georgi Markov, em Londres, em 1978, e o ataque contra o polonês Boris Korczak, em 1981, nos EUA. No final dos anos 1990, a polícia americana fez uma série de prisões de pessoas que planejavam ataques contra cidades americanas usando a ricina — uma ideia que também circulou entre grupos extremistas islâmicos e milícias nacionalistas no começo do século.

O próprio Donald Trump foi alvo de um potencial envio de ricina: em 2018, uma carta contendo traços da substância foi enviada ao Pentágono, e trazia o presidente entre os destinatários. Antes dele, o democrata Barack Obama também foi o destinatário de uma dessas correspondências potencialmente letais, mas o envelope foi interceptado pelo serviço de controle de postagens do Capitólio, antes de chegar à Casa Branca.

O que é

A ricina é produzida a partir do processamento da mamona. É uma substância letal que, se ingerida, inalada ou injetada, pode causar náuseas, vômitos, hemorragia interna e, por fim, falência de órgãos.

Não existe nenhum antídoto conhecido para a ricina. Se uma pessoa for exposta à ricina, a morte pode ocorrer dentro de 36 a 72 horas, dependendo da dose recebida, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Sementes de mamona, que são usadas para fazer o veneno mortal da ricina

O CDC disse que o veneno – que tem sido usado em atentados terroristas – pode ser transformado em uma arma na forma de pó, gás ou grânulos.

A Casa Branca e outros prédios públicos foram alvo de pacotes de ricina no passado.

Em 2014, um homem do Estado americano do Mississippi foi condenado a 25 anos de prisão por enviar cartas com ricina ao ex-presidente Barack Obama e outras autoridades.

Quatro anos depois, em 2018, um ex-veterano da Marinha foi acusado de enviar cartas tóxicas ao Pentágono e à Casa Branca.

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https://www.osul.com.br/autoridades-investigam-envio-de-carta-com-ricina-para-a-casa-branca/ Autoridades investigam envio de carta com ricina para a Casa Branca 2020-09-20
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