Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2016
O aviso é claro. Segundo babás de filhos de sócios do Country Club, em Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ), há uma placa diante do banheiro feminino do local informando que elas não podem entrar: devem usar o sanitário reservado para crianças. A norma veio a público na terça-feira, quando foi noticiado que uma babá que dava banho em duas crianças no banheiro tradicional foi convidada por um funcionário do clube a se retirar. O Ministério Público do Trabalho abriu investigação contra o Country por discriminação. “É verdade, há uma placa dizendo que babás não podem frequentar o banheiro. Considero isso preconceito”, diz Renata Beserra, que cuida de uma criança de um ano.
Sócia do Country e mãe de duas crianças, Daniela Basílio frequenta o local com a babá e diz que “não é a favor nem contra a norma”. “Existem sócios mais velhos que não querem ser incomodados por crianças no banheiro. Quem não quiser respeitar, vai embora daqui.”
Outra sócia, que pediu para não ser identificada, concorda com a proibição. “Não tenho preconceito, mas as babás não necessariamente são pessoas extremamente educadas. Infelizmente, nem todas as classes têm acesso à mesma educação. Elas não necessariamente vão puxar a descarga ou deixar o banheiro limpo. Não é nada contra as babás. É questão de ordem e disciplina.”