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Mundo Banco Central americano mantém juros, mas alerta para possível aumento da inflação e do desemprego

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A política comercial do presidente Donald Trump desencadeou uma onda de incerteza em toda a economia.

Foto: The White House/Divulgação
A política comercial do presidente Donald Trump desencadeou uma onda de incerteza em toda a economia. (Foto: The White House/Divulgação)

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve, nesta quarta-feira (7), a taxa básica de juros dos Estados Unidos no intervalo entre 4,25% e 4,5%, onde está desde dezembro, ou seja, antes da posse de Donald Trump. A decisão foi unânime. Em comunicado, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, pela sigla em inglês) disseram ver um risco crescente tanto de inflação mais alta quanto de aumento do desemprego.

Em entrevista após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que as autoridades não estão com pressa para ajustar as taxas de juros, acrescentando que tarifas podem levar a uma inflação mais alta e ao aumento do desemprego.

“Se os grandes aumentos nas tarifas que foram anunciados se mantiverem, provavelmente vão provocar aumento na inflação, desaceleração no crescimento econômico e aumento do desemprego.”, disse.

O presidente do Fed prosseguiu:

“Os efeitos sobre a inflação podem ser de curta duração, refletindo um aumento único no nível de preços”, afirmou, acrescentando que também é possível que os efeitos inflacionários sejam mais persistentes.

Powell também assegurou que o Fed está “em uma boa posição” para reagir aos possíveis riscos trazidos pelas tarifas. Ele afirmou que o BC americano terá maior clareza sobre a política monetária quando a Casa Branca avançar nas negociações de tarifas.

Segundo o comunicado, o Fomc avalia que os riscos de maior desemprego e inflação aumentaram desde a última reunião. Apesar disso, as autoridades reiteraram que as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas e que a atividade econômica segue se expandindo em um ritmo consistente.

Pouco antes do órgão publicar sua deliberação, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostrava que o mercado já precificava amplamente a manutenção dos juros nos EUA: 97,7% dos investidores acreditavam que a taxa deveria seguir na faixa atual. Após a decisão, 71,6% apostam em uma nova manutenção em junho, enquanto, em julho, 53,7% projetam um corte de 0,25 ponto percentual.

A política comercial do presidente Donald Trump desencadeou uma onda de incerteza em toda a economia. Embora as tarifas ainda estejam sendo negociadas, economistas esperam que os amplos encargos tarifários aumentem a inflação e prejudiquem o crescimento. Isso colocaria os dois principais objetivos dos formuladores de políticas — estabilidade de preços e pleno emprego — em conflito.

Com o desemprego ainda baixo e a demanda estável, autoridades do Fed disseram estar confortáveis em manter as taxas de juros inalteradas até que tenham uma compreensão mais clara sobre os rumos da economia. Trump, no entanto, afirmou repetidamente que o banco central deveria reduzir os custos de empréstimo.

Powell e seus colegas estão determinados a impedir que as tarifas provoquem um aumento persistente da inflação, e vários dirigentes sinalizaram que não apoiariam uma redução preventiva nas taxas de juros como forma de proteger a economia de uma possível desaceleração.

Powell e o Fed vêm sofrendo diversas críticas de Donald Trump. O republicano pressiona a autarquia para que inicie um ciclo de corte de juros, mas o BC americano tem resistido a suas investidas. Com informações do jornal O Globo.

 

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https://www.osul.com.br/banco-central-americano-mantem-juros-mas-alerta-para-possivel-aumento-da-inflacao-e-do-desemprego/ Banco Central americano mantém juros, mas alerta para possível aumento da inflação e do desemprego 2025-05-07
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