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Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2016
O BC (Banco Central) avaliou que não há espaço para reduzir a Selic, a taxa básica de juros, apesar da expectativa de crescimento mais baixo da economia. O corte, que está em 14,25% ao ano desde julho de 2015, é uma das principais exigências de partidos e entidades ligadas ao governo que defendem mudanças na política econômica do País.
Na quarta-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, afirmou que as expectativas de um desempenho ainda pior das finanças brasileira e mundial contribuirão para a queda da inflação em 2016. Mesmo assim, a instituição considerou que não descuidará de idiossincrasias e particularidades de nossa realidade, como a indexação de preços e a projeção inflacionária ainda alta neste e no próximo ano.
Mendes disse que os dois fatores, somados à inflação elevada neste início de 2016, não deixam espaço para a flexibilização das condições monetárias. O BC reafirmou que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que estava em 10,71% nos 12 meses fechados em janeiro, cairá até o fim do ano. O objetivo da instituição é deixá-la abaixo do limite de 6,5%, em 2016, e em 4,5%, em 2017.
Sobre a economia, Mendes explicou que houve a abertura do hiato do produto doméstico. Ou seja, as finanças terão desempenho ainda mais baixo que o seu potencial, fator que reduzirá a pressão inflacionária em 2016, segundo o BC. (Folhapress)