Segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2025
O bloqueio vale para abertura de conta-corrente e poupança.
Foto: Agência BrasilComeçou a funcionar nesta segunda-feira (1º) uma ferramenta do Banco Central (BC) do Brasil em que o cidadão pode bloquear a abertura de contas bancárias em seu nome. Isso pode ser feito no site do BC.
O mecanismo é chamado de BC Protege+. Para fazer o bloqueio, é preciso:
– Acessar o site do BC;
– Entrar no ‘Meu BC’;
– Colocar o login e a senha do gov.br; e
– Ativar o BC Protege+.
O mecanismo foi criado para impedir fraudes relacionadas à abertura de contas com uso de documentos falsos. O bloqueio vale para abertura de conta-corrente e poupança. Só não funciona para conta salário, aquela aberta exclusivamente para o empregado receber o pagamento. O serviço é grátis e poderá ser cancelado pelo próprio usuário, quando decidir que quer abrir uma nova conta.
Segundo a diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Izabela Correa, a medida também protege contra a inclusão fraudulenta como titular na conta de terceiros.
“É um serviço para os cidadãos e também contribui para a promoção da integridade do sistema (financeiro)”, disse ela.
Cerca de 7.800 pessoas já ativaram a proteção até aproximadamente 15h da tarde desta segunda-feira. O mecanismo começou a funcionar às 10h da manhã.
“O BC Protege+ vai ao encontro de uma demanda da sociedade e reforça o compromisso do BC em garantir mais segurança e transparência para os cidadãos em suas interações com o sistema financeiro”, destaca Maria Clara Roriz Haag, do Departamento de Atendimento Institucional (Deati) do BC.
O chefe do Departamento de Atendimento Institucional, Carlos Eduardo Rodrigues, detalhou que o principal objetivo da ferramenta é prevenir golpes e fraudes, fenômenos que, segundo ele, são amplamente subnotificados porque as vítimas sentem vergonha de relatar que fizeram transferências indevidas ou pagaram boletos falsos.
Ele explicou que o sistema atende a dois propósitos:
– Bloquear fraudes de identidade: impede que criminosos abram contas usando dados vazados;
– Evitar abertura de contas indesejadas: mesmo fora do contexto de golpe, o cidadão tem o direito de não se vincular a determinada instituição.
– Carlos Eduardo reforçou que o sistema foi criado com base em resoluções do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central, que tornam obrigatória a consulta por parte das instituições financeiras.
Descumprimentos serão analisados na supervisão de conduta, podendo gerar penalidades conforme a legislação vigente.