Segunda-feira, 13 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2016
Uma das principais instituições usadas por envolvidos na Operação Lava-Jato, o banco suíço Julius Baer, fez um acerto com a Justiça norte-americana no qual pagará 547 milhões de dólares (2,1 bilhões de reais) de multa. A instituição vem sendo investigada desde 2011 por colaborar com a evasão fiscal de clientes norte-americanos. As informações foram reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Entre os investigados da Lava-Jato que aplicaram recursos no Julius Baer está o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), beneficiário de contas onde estão depositados 2,4 milhões de dólares. Os ativos em dólares e francos suíços foram aplicados em fundos de investimento por meio de contas abertas em nome de empresas offshore – firmas de fachada baseadas em paraísos fiscais. O valor está bloqueado desde abril.
Outro cliente do banco envolvido no esquema de corrupção da Petrobras é o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que teve as contas bloqueadas em março. Segundo as investigações, ele usou o mesmo modus operandi de Cunha ao abrir contas em nome de offshores para esconder o dinheiro.
No acordo de delação premiada, Barusco revelou que para abrir contas na Suíça usou os serviços de Bernardo Freiburghaus. (Folhapress)