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Economia Os bancos e as consultorias estão mais pessimistas com o crescimento do Brasil

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No embalo da crise política, Bradesco e Itaú jogaram para baixo, no mês passado, suas expectativas para a economia. (Foto: Reprodução)

O Brasil que os economistas viam no começo do ano não é mais o mesmo. Uma comparação entre previsões para 2017 divulgadas por bancos e consultorias em janeiro e fevereiro e as perspectivas mais recentes mostra que os desdobramentos da crise política que se abateu sobre o governo desde o anúncio da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, em maio, devem cobrar caro da já tímida recuperação do País.

No embalo da crise política, Itaú e Bradesco jogaram para baixo, no mês passado, suas expectativas para a economia. “A situação econômica mudou”, diz Fábio Salles, economista do Itaú. Das instituições ouvidas, o banco era o que tinha as expectativas mais otimistas, prevendo que o ano terminaria com alta de 1% do PIB. Agora, estima um crescimento de 0,3%.

“Não era otimismo em excesso. Quando prevíamos uma recuperação do País, sempre batíamos na tecla de que era importante fazer as reformas, as macro e as microeconômicas. O PIB teve aquela surpresa positiva no início do ano, com os resultados da agricultura, mas o nível de incerteza quanto ao rumo da economia levou a uma baixa das expectativas. Sem a garantia de que a reforma passe, o investidor deve ficar mais conservador”, diz Salles.

Boa parte do cenário previsto pelos economistas no início do ano, de fato, se materializou: o dólar ficou estável, a inflação caiu e o Brasil caminha para uma Selic de um dígito. O que surpreendeu foi a dificuldade, até o momento, de aprovação da reforma da Previdência.

Para o empresário Guilherme Paulus, fundador da CVC, a equipe econômica tem feito um “grande trabalho”. “Se o governo mudar mesmo, será muito importante manter a equipe econômica para que haja menos incertezas. É uma equipe muito consistente, tem satisfeito as ansiedades e Meirelles tem feito um grande trabalho.”

Paulus avaliou que, com consistência econômica, o País pode fazer a transição. “Abri a CVC há 45 anos, passei por inúmeros pacotes, planos, e sempre vamos em frente, indo atrás do dinheiro e consertando as burradas políticas. Os empresários brasileiros têm aprendido a não depender do governo.”

Garantias

Em retrospecto, quem acompanha o trabalho de reconstrução das contas públicas lembra que o País só recuperou o rumo porque soube selecionar um corpo técnico eficiente para tocar a economia. “A turma escolhida para ocupar o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Fazenda salvou o País do desastre econômico no ano passado”, disse o presidente do Insper, Marcos Lisboa, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Executivos de grandes empresas já assumiram a posição abertamente. “Independentemente do que acontecer, é fundamental manter a equipe econômica e continuar as reformas”, afirmou o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva. Theo Van Der Loo, presidente da Bayer no Brasil, concorda. “A manutenção da atual equipe dará maior confiança e cria menos instabilidade.”

tags: Brasil

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