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Colunistas Bancos e sanduíches: A fotografia é mais bonita que a realidade?

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Rede foi a primeira do segmento a aderir à prática há quase 3 anos e reafirmou compromisso de fomentar o desenvolvimento do setor através da sua ativa participação no GTPS. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Hoje o mundo só é mundo se for fotografado. Não está na foto? Não foi visto. Bueno, a fotografia e a escrita são a garantia contra o fracasso da memória. Sei disso. Mas o exagero de fotos pode criar narrativas que se distanciam da realidade. Não vou discutir nestas poucas linhas o que é isto – a realidade. Fiquemos com o mínimo: a de que, ao contrário do que disse Nietzsche, existem, sim, fatos. Aliás, só existem interpretações porque existem os fatos.

Veja a enganação da foto do sanduíche do McDonald. Ou de qualquer prato de comida de restaurante. Tudo é suculento. Dá para sentir o cheiro pela foto. Quando você recebe o prato ou o sanduíche, sai de perto. Tudo virou imagem. Já fiz escândalo em lancherias como McDonald e Burger King. Recebi o sanduíche e chamei o gerente para comparar com a foto. Ele responde: “Pois é. Aquilo é só uma foto”. Bingo, gerentão. Bingo. Então não me engane.

Grande picaretagem é a rede de sites que vendem reservas de hotéis. Tudo a mesma coisa. Boocking, Hoteis.com, Trivago. Quase sempre dá errado. Paga-se caro pelas informações que o site fornece. Do mesmo modo atuam os sites dos hotéis. Mostram a foto de um quarto tirado de um ângulo que…bem, deixa prá lá. As imobiliárias fazem a mesma coisa com os apartamentos. E as revendas de carros tiram as fotos dos carros tornando-os mais cumpridos. Incrível.

Nestes tempos de vigarices virtuais, a internet se tornou o paraíso da proxenetagem (na verdade, stricto e lato sensu, se me entendem a blague). Hoje você acessa um site e é bombardeado com ofertas de tudo o que é tipo de porcarias. Invadem a sua privacidade. Tem restaurantes nos EUA que mostram nos sites três fotos de pratos. Vem, então, a informação: quer acessar mais trinta pratos? Baixe o aplicativo na APP. O mundo está perdido.

Clonaram um de meus cartões do Santander – bandeira Mastercard. Eu nos Estados Unidos e gente comprando com meu cartão em São Paulo. Para isso a tecnologia não serve. Eles me torram com informações inúteis, mas não sabem me fornecer segurança. Liguei para a Mastercard no número que consta no verso do cartão (uso no exterior, ligue número x). Expliquei tudo, depois de 10 minutos colocando meus dados, respondendo perguntas tipo disque 1 para idiota, 2 para imbecil, 3 para trouxa, etc. Quando finalmente me atenderam, disseram que não era com eles e que tinha que ligar para o banco. Na verdade, me repassaram.

E aí começou o calvário. Pedi para minha filha gravar. Fiquei 52 minutos na linha. O atendente disse que o meu caso seria resolvido pelo departamento que cuida das contestações de compras (só em São Paulo compraram mais de 5 mil na minha conta). Disse-me que havia uma fila de espera no telefone e que, em 5 minutos, me atenderiam. Expliquei que estava nos EUA. Pois passaram 20 minutos. Finalmente o rapaz disse: vou repassar você para o atendente do departamento de contestações. Pedi-lhe que passasse logo e que não poderia discar tudo de novo. Ele disse (Natan era o seu nome): apenas disque 6. Pois fiz. E começou tudo de novo. Passados já mais de 50 minutos, desisti. Já havia perdido a manhã.

Santander e Mastercard. Que parceria. Tenho cartão black e gold. E contas em duas agências. Que fecharei. Assim como os cartões, que já não quero. Nunca fui tão mal atendido. Curioso é que o atendente pergunta: “Santander, bom dia: o que posso fazer por você hoje? ” Muito. Pode fazer muito. Respeitando-me. Simples assim. Como já escrevi aqui: quero ser coaching de hotéis. E de restaurantes. Quero ensinar como bem atender. Agora quero também ser coaching de bancos e de operadoras de cartão. Para atender bem no mínimo quem está no exterior. Que feio isso que o Santander e o Mastercard fizeram comigo. Tenho tudo gravado.

Ou seja: metaforicamente, na foto, o Santander e Mastercard são lindos. Na realidade…

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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