Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2023
O presidente do Conselho de Administração da Ineos, Jim Ratcliffe, tornou-se acionista minoritário do Manchester United, comprando uma participação de 25% por 33 dólares por ação, informou o clube no domingo (24), após um processo de venda que durou mais de 12 meses.
O xeique Jassim bin Hamad al Thani, do Catar, também pretendia comprar o clube, mas desistiu do processo, dizendo que não aumentaria a oferta de 6 bilhões de dólares, o que deixou o bilionário britânico livre para fechar o negócio com os proprietários do clube, a família Glazer.
Aos 69 anos, Ratcliffe é CEO da Ineos, empresa que é a patrocinadora principal e dona da Mercedes, da Fórmula 1, e do OGC Nice, da primeira divisão francesa.
O acordo de aquisição de parte das ações prevê que a Ineos tenha “responsabilidade de gestão” pelos assuntos relacionados com o futebol. Recentemente, Ratcliffe declarou que deseja que o Manchester United, que atravessa um momento desportivo delicado, “recupere o lugar que lhe pertence”.
Torcedor fanático do Manchester United, Ratcliffe já se disse mais de uma vez frustrado com a administração da família Glazer, que não vem fazendo boa gestão desde que adquiriu os Red Devils.
Sua ideia era uma simples troca com os atuais mandatários, passando a deter a maior parte das ações do clube.
Seu patrimônio o faz forte concorrente para ser o comprador da equipe: US$ 28,2 bilhões (R$ 146,65 bilhões), de acordo com a Bloomberg. Em síntese, a 55ª pessoa mais rica de todo o mundo.
Fundada pelo bilionário em 1998, a Ineos é a quarta maior empresa química do mundo. Sua precursora foi a Inspec, fundada também por Ratcliffe depois que se formou em Engenharia Química e fez um mestrado em Finanças.
Em 2017, o engenheiro comprou o FC Lausanne, da Suíça. Fã de futebol, viu outra oportunidade de negócio dois anos depois e adquiriu o Nice, da França.
Mesmo que seja fanático pelos Red Devils, sua ideia, claro, é mercadológica. Ratcliffe vê o Manchester United como uma oportunidade de mercado para possuir uma grande marca na liga mais assistida de todo o planeta. É a propaganda perfeita para suas empresas.
Antes de tentar comprar seu time do coração, entretanto, Ratcliffe fez uma oferta de 4,25 bilhões de libras pelo Chelsea, que não se concretizou. A longo prazo, acredita-se que a família Glazer toparia um negócio por 5 bilhões de libras (R$ 31 bilhões). As informações são da agência de notícias Reuters e do jornal O Globo.