Quinta-feira, 12 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de novembro de 2017
A CIA (agência de inteligência dos EUA) liberou um grande número de arquivos encontrados no computador de Osama bin Laden, que estava no esconderijo, em Abbottabad (Paquistão), onde ele foi morto em operação secreta dos EUA em 2 de maio de 2011.
Entre os achados mais inusitados, estavam vários episódios da série de desenho animado”Tom e Jerry”, além de muitos filmes animados infantis, como “A Era do Gelo” e “O Galinho Chicken Little”.
Obviamente, nem tudo era registro infantil dos gostos do chefe da al-Qaeda. Boa parte dos 470 mil arquivos é composta por textos em árabe, estudos de guerrilha e imagens de execuções de inimigos e “infiéis”, contou o “Mirror”. Havia pornografia também, mas o material não foi divulgado.
Outro arquivo também chama atenção: um documentário “Where in the World Is Osama Bin Laden?” (Onde está Osama bin Laden?), de 2008.
Imigração e terrorismo nos EUA
Depois do ataque terrorista da última terça-feira em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veio a público sugerir o endurecimento nas leis de imigração. “Somos tão politicamente corretos que temos medo de fazer qualquer coisa”, disse.
O terrorista Sayfullo Saipov, de 29 anos, invadiu a ciclovia no Sul de Manhattan com um caminhão, atropelou quem visse pela frente e matou oito pessoas. Saipov imigrou do Uzbequistão para os Estados Unidos em 2010, sorteado na loteria anual que oferece vistos de trabalho como parte de um programa de diversidade.
O programa, em que todo ano 25 milhões concorrem a 50 mil vistos, sempre sofreu pesadas críticas dos adversários da imigração, acusado de abrir a porta dos Estados Unidos a todo tipo de desgraça, até mesmo ao vírus Ebola. Há muito mais fantasia que realidade nesse tipo de crítica.
Para ser contemplados com o sonhado “green card”, os candidatos a imigrantes têm ainda de passar por uma seleção rigorosa que envolve entrevistas, verificações no exterior e pelo próprio Departamento de Segurança Interna, assim que chegam ao país.
A seleção pode falhar. Mas só há, de acordo com Jeremy Neufeld, do Niskanen Center, dois casos de terroristas que entraram nos Estados Unidos com um visto de diversidade: Saipov e um atirador que disparou contra o balcão da companhia israelense El Al no aeroporto de Los Angeles, em 2002.
Ainda não são conhecidas as propostas do governo Trump para endurecer a entrada de imigrantes. Mas é questionável que possam ter algum efeito para prevenir novos ataques, mesmo que incluam outros tipos de visto.
Desde 1975, 3.037 pessoas morreram em ataques terroristas cometidos por 182 estrangeiros nos Estados Unidos, segundo um levantamento do pesquisador Alex Nowrasteh, do Cato Institute. A maior parte corresponde às 2.977 vítimas da tragédia de 11 de Setembro de 2001.