Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2015
Foi apresentada ao mercado nesta terça-feira a primeira usina de geração de energia a partir do gás de aterro sanitário no Rio Grande do Sul. Localizada em Minas do Leão e com investimento superior a 30 milhões de reais pelo Grupo Solvi e Copelmi Mineração, a termelétrica tem capacidade para atender cerca de 200 mil habitantes. A potência instalada é de 8,55 MW e a plena chegará a 15 MW, gerando energia limpa a partir do lixo doméstico depositado no aterro sanitário de Minas do Leão da CRVR (Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos).
O processo inicia pelo metano, existente no biogás, que deixa de ser queimado e lançado na atmosfera, sendo aproveitado na geração de energia. O processo é ambientalmente correto, não apenas de preservação, mas de melhoria do meio ambiente. Com isso, reduz a emissão de CO2 em 170 mil toneladas por ano, contribuindo para a redução de gases do efeito estufa. O aterro de Minas do Leão recebe diariamente 3,5 mil toneladas de resíduo urbano.
Na cerimônia, tomaram a palavra a prefeita de Minas de Leão, Silvia Maria Lasek que mencionou a consciência do povo brasileiro para as questões ambientais. O presidente da Solvi Infraestrutura, Lucas Radel adiantou que além desta usina, outras três estão em fase de implantação, devendo representar um investimento na ordem de 300 milhões de reais e gerar energia suficiente para abastecer cerca de 400 mil gaúchos. O Prefeito da Capital, José Fortunati atestou: “estamos dando um salto de qualidade”, mencionando a sustentabilidade como fator de gestão pública. Lembrou que Porto Alegre produz cerca de 2,2 mil toneladas de lixo por dia, das quais apenas 200 são de recicláveis, mas um processo que já gera emprego para centenas de pessoas.
O Governador do Estado, José Ivo Sartori reiterou a importância do lixo trabalhado e transformado, pois “muda a vida das pessoas e de uma cidade”. Segundo ele, o Governo apoia tais iniciativas. “O futuro, o amanhã é sustentável e isto é uma obra não de hoje, mas para o amanhã e para muitos governos”, finalizou.