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Brasil Boa parte dos brasileiros que passaram a comer mais em casa durante a pandemia do coronavírus modificou seu cardápio

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Mesmo agora, com a flexibilização da quarentena, nada indica que a situação vá mudar tão cedo neste quesito. (Foto: Reprodução)

A pandemia do coronavírus não mudou apenas o jeito de a gente trabalhar e se relacionar. A nossa forma de se alimentar também sofreu uma transformação radical nos últimos meses.

Com restaurantes fechados ao público, quase todo mundo passou a fazer as refeições em casa. Até quem recorreu ao delivery, abrindo brechas para variações no cardápio, tornou-se mais dependente da comida de casa. Mesmo agora, com a flexibilização da quarentena e o retorno gradual ao trabalho, nada indica que a situação vá mudar tão cedo neste quesito.

Em muitas cidades, os restaurantes ainda deverão demorar algumas semanas para reabrir – e, quando o fizerem, provavelmente o esquema será bem diferente, com maior distância entre as mesas e outras medidas de proteção aos clientes. É provável também que boa parte da clientela potencial, ainda temerosa do contágio, continue a comer mais em casa, fazendo pedidos ocasionais pelo delivery. O melhor, então, é se acostumar ao “novo normal”, cuja duração é difícil prever no momento, e tirar o melhor proveito disso. A questão é que nem sempre comer em casa é sinônimo de uma alimentação de melhor qualidade e mais saudável. Muitas vezes, estar em casa acaba sendo uma espécie de passaporte para todos os tipos de excessos.

Ainda não há pesquisas aprofundadas e com rigor metodológico sobre a alimentação na pandemia. Mas um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no fim de maio aponta que quatro em cada dez brasileiros alteraram os hábitos de alimentação, para o bem ou para o mal.

Vontade de comer

A pesquisa, feita por telefone com mais de 2 mil pessoas de todo o País, incluía uma única pergunta para apurar se o entrevistado passou a comer mais ou menos. Não dá para separar, portanto, quantos estão comendo melhor e quantos, pior. De qualquer forma, o levantamento traduz em números o que já se podia deduzir a olho nu: quase metade da população afirma ter mudado os hábitos alimentares durante o confinamento.

Outro estudo, realizado por um grupo de pesquisadores das áreas de endocrinologia, patologia e psicologia, reforça os dados apurados pelo ministério e vai além. Segundo a pesquisa, que ouviu 1.470 pessoas por meio de um questionário online, um em cada dois entrevistados sentiram mais vontade de comer, mesmo quando não estavam com fome, e 23% ganharam peso. Pelo levantamento, o ganho médio de peso foi de 2,6 kg. O intervalo oscilou entre um mínimo de 1,1 kg e um máximo de 12 kg no período.

Um mergulho nas buscas do Google permite entender melhor por que tanta gente engordou na pandemia. O Google não divulga números, mas informa que as receitas mais buscadas no Brasil desde 15 de março, foram, pela ordem, as de panqueca, brownie, bolo, pudim e pão, todas com altos índices de calorias.

Entretenimento

Por meio do Google Trends, é possível obter dados mais detalhados sobre as buscas de receitas. Entre 15 pratos selecionados pela reportagem, as receitas com maior crescimento na quarentena (de 20 de março, quando foi decretado o estado de transmissão comunitária do vírus, a 6 de junho), em relação ao período pré-pandemia (de 1º de janeiro a 19 de março) foram as de brownie, com alta de 234,2%; de esfiha, com 232,8%; de pão, com 143,1%, de empadão, com 122,3%, e de coxinha, com 121,3%.

Mesmo quem sempre se preocupou com uma refeição mais equilibrada passou a comer mais, bem mais do que antes, e a consumir alimentos de pior qualidade nutricional. Não só porque, além da televisão, uma das poucas atividades que restaram foi comer. Cozinhar sozinho ou com a família tornou-se uma forma de entretenimento.

Meio-termo

Surpreendentemente, ao contrário do que se poderia imaginar no início da pandemia, um número considerável de brasileiros tem conseguido fazer refeições mais balanceadas, comendo mais vegetais, legumes e frutas, e está até fazendo mais exercícios, para compensar eventuais abusos na quantidade e para se proteger dos efeitos da doença em caso de contágio.

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