Domingo, 10 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2025
Começou a tomar corpo, nessa quarta-feira (6), a partir de um movimento deflagrado em São Paulo, uma articulação de aliados de Jair Bolsonaro (PL) para ampliar a paralisação do Legislativo, concentrada no Congresso Nacional, em Brasília. A ideia é que aliados de Bolsonaro obstruam votações nas assembleias estaduais e câmaras municipais, como forma de tentar espalhar o movimento e buscar a adesão regional de eleitores que buscam reverter a prisão do ex-presidente.
Parlamentares bolsonaristas ocuparam os plenários da Câmara e do Senado nesta semana, como forma de exigir dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, a tramitação e aprovação de uma pauta, que inclui o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a anistia dos condenados do 8 de janeiro e outras matérias contra o STF.
Como a mobilização em Brasília deve perder força com a reação de Alcolumbre e de Motta, o caminho seria tentar espalhar o movimento pelos Estados e cidades.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão do Plenário às 22h24min dessa quarta-feira (6), em meio a um protesto de deputados da oposição, que ocuparam a Mesa Diretora desde a terça-feira. Motta disse que abriu a sessão para garantir o respeito à Mesa Diretora, “que é inegociável”, e para que a Câmara possa se fortalecer. Não houve votações.
Após reunião com lideranças partidárias nessa quarta-feira (6), Davi Alcolumbre comunicou que haverá sessão deliberativa semipresencial do Senado nesta quinta-feira (7), às 11h. Serão analisadas propostas que ainda não puderam ser votadas devido à obstrução da oposição na Câmara e no Senado, como o projeto que mantém a isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos (PL 2.692/2025). “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado”, afirmou o presidente do Congresso em comunicado à imprensa.