Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2021
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (22) que a criação do Ministério do Emprego e Previdência “dá uma certa descompressão” no ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro disse que Guedes concordou com a criação da nova pasta a partir de uma de suas secretarias especiais, o que na prática significa a perda de áreas que estavam até agora sob o guarda-chuva do seu superministério, como foi chamado o Ministério da Economia no início do governo.
A pasta criada para Guedes aglutinou em secretarias ex-ministérios como os de Fazenda, Planejamento, Trabalho, Previdência e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Agora, em uma nova reforma ministerial, a criação da nova pasta do Emprego e Previdência servirá para Bolsonaro acomodar o atual ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni. O lugar dele será ocupado na próxima semana pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Ramos, por sua vez, vai abrir espaço no ministério mais importante do Planalto para o senador Ciro Nogueira (PP-AL), um dos principais líderes do chamado centrão no Congresso.
“Dá uma certa descompressão no Paulo Guedes e deixa o Onyx Lorenzoni tratar dessa questão importantíssima que precisamos, sim, além de recuperar empregos, é buscar mais alternativas para atender aos desassistidos”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Banda B.
“Esforço enorme”
O presidente ressaltou que o Ministério da Economia foi resultado da junção de “cinco ministérios” e disse que Guedes precisa de um “esforço enorme” para comandar a pasta.
“O Paulo Guedes tem um ministério enorme, ele agregou cinco ministérios no passado, quando assumiu. É um esforço enorme para manter aquele ministério funcionando. E ele mesmo concordou com a tirada dessa parte que é o antigo Ministério do Trabalho e da Previdência para passar a esse novo ministério.”
Bolsonaro ainda disse que a criação do ministério não terá custos:
“Não vai pesar em nada nas finanças nossas. Não custa nada. Não vamos criar cargos. Apenas uma mudança de uma parte, duas secretarias do Ministério da Economia, para esse novo ministério.”
Também nesta quinta, Paulo Guedes minimizou a decisão e afirmou que a criação do ministério não ameaça o “coração” da política econômica. Guedes também elogiou Onyx e ressaltou que ele ajudou a formular a política econômica do governo ainda na campanha eleitoral.