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Brasil Bolsonaro aposta na queda da taxa básica de juros para 4,5% ao ano esta semana e comemora menos gastos com juros da dívida

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“Se cair mais 0,5%, que pode ser que caia agora na próxima reunião do Copom, nós vamos gastar menos com isso”, acrescentou. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta segunda-feira (9), a expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom (Comitê de Política Monetária), o que representaria menos gastos do governo com os juros da dívida.

“Essa dívida interna monstruosa, tem que sinalizar que ela está em declínio. Conversando com o Roberto Campos, presidente do Banco Central, o juro, que está 5%, vamos supor que seja mantida a taxa Selic a 5%, isso aí vai proporcionar de economia no ano que vem 97 bilhões de reais. Em vez de 400 bilhões, vamos gastar 300 bilhões”, disse Bolsonaro em vídeo transmitido ao vivo pelo Facebook.

“Se cair mais 0,5%, que pode ser que caia agora na próxima reunião do Copom, nós vamos gastar menos com isso”, acrescentou.

A taxa Selic está atualmente em 5,0% e a expectativa do mercado financeiro é que seja mesmo reduzida para 4,5%, como já indicou o próprio Banco Central na ata da última reunião do comitê, no fim de outubro. O Copom se reúne esta semana e deve anunciar na quarta-feira (11) sua decisão para a taxa de juros. O presidente afirmou ainda no vídeo que se a Selic continuar caindo e se aproximar da inflação, “basicamente está equacionada a questão da dívida interna nossa, um pouco equacionada”.

No final de julho, o comitê iniciou um ciclo de cortes, reduzindo a Selic em 0,5 ponto percentual para 6% ao ano. Em setembro, a Selic foi reduzida novamente em 0,5 ponto percentual, e em outubro, houve mais um corte de 0,5 ponto percentual. Segundo o Boletim Focus desta segunda, a aposta do mercado financeiro é que os juros caiam ainda mais em 2020, chegando a 4,25% no ano que vem.

Ao reduzir os juros básicos, além da questão da dívida citada por Bolsonaro, a  tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, o Copom precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

Carne

Bolsonaro disse que o preço da carne no mercado brasileiro deve cair. Bolsonaro justificou a alta pela “entressafra”. “É natural nessa época do ano a carne subir por volta de 10%. Subiu um pouco mais, tendo em vista as exportações”, disse o presidente.

Bolsonaro e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM) participaram de uma transmissão nas redes sociais na manhã desta segunda.

A ministra disse que a alta é “temporária”. “O senhor pode garantir à população que nós temos o maior rebanho comercial do mundo. Isso foi um período, uma seca, a entressafra do boi, mas a arroba já baixou para o produtor e agora o preço precisa baixar na gôndola”, disse ela.

Bolsonaro disse que está levando “pancada” pelo preço da carne. “Muitos falam, nas redes sociais, que tem de ter tabelamento. Na Venezuela está tudo tabelado: vai lá comprar carne”, disse Bolsonaro.

O ministério informou na última sexta-feira (6), que houve recuo de 9% nos preços da carne bovina no mercado doméstico na primeira semana de dezembro.

De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo, entre 31 de outubro e o final de novembro, o preço real da carne aumentou em 35,3% em São Paulo.

Entre as razões, estão a recuperação da demanda interna, as secas prolongadas, o grande volume de exportações para a China e a alta do dólar, que tornou o produto brasileiro ainda mais competitivo no mercado internacional.

“Não existe nenhum problema de abastecimento. Estamos vivendo um momento de transição de preço”, disse Cristina.

A ministra da Agricultura também anunciou que será editada nesta terça (10) uma medida provisória que trata da regularização fundiária.

“Na Amazônia, temos pequenos produtores, nós temos 600 mil produtores, pequenos agricultores, que precisamos colocar no mesmo patamar dessa agricultura produtiva que temos já em parte do Brasil. Esse é o seu desafio. Nós, amanhã, vamos lançar uma MP de regularização fundiária para montar a base para esse desenvolvimento. Sem isso não conseguirmos chegar nem na Amazônia, nem no Centro-oeste, nem no Nordeste nessa tecnologia e nessa agricultura sustentável”, declarou a ministra.

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