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Brasil Bolsonaro concluiu a semana de mudanças na estrutura do Palácio do Planalto

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Ministros do Palácio do Planalto que tiveram resultado negativo decidiram trabalhar normalmente. (Foto: Agência Brasil)

Jair Bolsonaro concluiu uma profunda mudança na estrutura de funcionamento do Palácio do Planalto coma nomeação ontem de Jorge Oliveira para o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Em nove dias, o presidente trocou dois ministros do Planalto, mudou a articulação política de mãos e alterou ainda a pasta responsável pela SAJ (subchefia para Assuntos Jurídicos), responsável por revisar todos os atos legais do governo.

O presidente afirmou que as alterações, em especial na articulação política, ocorreram porque o modelo montado no início do governo não funcionou. O Planalto tem sofrido seguidas derrotas no Congresso e novos reveses estão a caminho na próxima semana, como a possibilidade de a Câmara seguir o Senado e derrubar de forma definitiva o decreto que flexibilizou o porte e aposse de armas.

Na sexta-feira (21), Bolsonaro destacou que retoma agora o formato de funcionamento do Palácio do Planalto da administração Michel Temer, em que a pasta da Secretaria de Governo cuidava da articulação política e a Casa Civil focava na gestão interna do governo.

“Depois que agente faz as coisas, agente plota (compreende) que podia ter feito melhor ou não ter cometido aquele erro. Quando nós montamos aqui, no primeiro momento, (por) inexperiência nossa, houve, tivemos algumas mudanças nas funções de cada um que não deram certo. Então, em grande parte, retornamos ao que era feito em governo anterior”, declarou Bolsonaro, negando que a culpa das dificuldades na articulação tenha sido diretamente do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Jorge Oliveira substituirá Floriano Peixoto, que assumirá a presidência dos Correios, empresa estatal em situação financeira deficitária e que o governo pretende pedir aval ao Congresso para privatizar. O novo ministro é o atual chefe da SAJ e vai acumular a função por enquanto. Esta estrutura foi remanejada da Casa Civil para a Secretaria-Geral por meio de medida provisória editada na última quarta (19). Foi com o mesmo instrumento que se retirou a articulação política de Onyx Lorenzoni para repassar à Secretaria de Governo. Na sexta, Bolsonaro frisou que os titulares dos ministérios que sofreram alterações nestes últimos dias têm entre suas funções evitar danos ao presidente.

“Bem, todo mundo diz, e é verdade: tem três ministérios aqui dentro — Secretaria do Governo, Secretaria-Geral e Casa Civil — que são fusíveis. Para evitar queimar o presidente, eles se queimam”, declarou, afirmando que não pretende mais fazer alterações no governo em breve.

Dança dos cargos

Foi pela Secretaria de Governo que as mudanças no Planalto começaram no dia 13, com a demissão de Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva, e a indicação de Luiz Eduardo Ramos para a função. General da ativa e atual comandante militar do Sudeste, Ramos só assumirá o novo cargo efetivamente em julho. Bolsonaro acredita que a experiência do ministro como assessor parlamentar por dois anos pode ajudar a resolver os problemas do seu governo no Congresso.

Como compensação pelo esvaziamento de duas funções importantes, Onyx recebeu o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), área responsável por privatizações e concessões. Bolsonaro nega que a Casa Civil tenha perdido importância com as mudanças e afirmou que Onyx agora tema “função mais importante no time”.

“Numa reavaliação, o presidente entendeu por deixar claro o papel da Segov como sendo o braço de articulação do governo para fora, a Casa Civil, de coordenação do governo para dentro, e a Secretaria-Geral é um órgão de gestão da Presidência”, explicou Oliveira, novo secretário-geral da Presidência.

O presidente disse ainda ter conversado com Onyx, com quem contou ter trocado mensagens de WhatsApp pela manhã, e comentou que ele está “tranquilo, em paz”.

“Eu, na minha vida toda, eu sempre fui goleiro. É a função mais ingrata que tem num time, mas o goleiro aqui é a função mais importante no time, que é a do Onyx. Porque se um centroavante perde um gol, tudo bem, o pessoal esquece rapidamente. Agora, se o goleiro toma um frango, fica marcado a vida toda”, comparou Bolsonaro, lembrando em seguida que Onyx passou mal no dia anterior devido a uma febre alta.

“E ele vai continuar conosco aí enquanto a sua saúde assim o permitir”, afirmou, explicando em seguida que o ministro passou mal, teve uma febre alta na véspera. Enquanto Bolsonaro informava sobre um eventual problema de saúde do ministro, Onyx cumpria agenda em Goiás, cidade do interior do Estado de mesmo nome, ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM).

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-concluiu-a-semana-de-mudancas-na-estrutura-do-palacio-do-planalto/ Bolsonaro concluiu a semana de mudanças na estrutura do Palácio do Planalto 2019-06-22
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