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Política Bolsonaro diz à Polícia Federal que teve conversa “reservada” com diplomata dos Estados Unidos

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Bolsonaro não informou o conteúdo da conversa e negou articulação por sanções. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal (PF), em depoimento prestado na quinta-feira (5), que recebeu o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ricardo Pita. A reunião teria ocorrido no dia 6 de maio deste ano, segundo consta no relatório elaborado pela corporação. No entanto, ao ser questionado sobre os detalhes da conversa, Bolsonaro limitou-se a dizer que “foi uma conversa de teor reservado”, sem fornecer maiores explicações.

“Esclarece que recebeu o Conselheiro Sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, no dia 06.05.2025; indagado qual foi o teor da conversa respondeu que foi uma conversa de teor reservado”, diz o trecho do documento da PF que descreve o depoimento do ex-presidente.

A oitiva faz parte do inquérito que investiga a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, junto a parlamentares e integrantes do governo norte-americano. De acordo com informações da Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduardo teria feito articulações nos Estados Unidos com o objetivo de deslegitimar o Judiciário brasileiro, especialmente atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento de Bolsonaro foi considerado estratégico para esclarecer se houve ou não envolvimento direto do ex-presidente nas movimentações internacionais lideradas por seu filho. No entanto, o ex-presidente afirmou categoricamente à PF que não manteve contatos com autoridades norte-americanas para discutir ou solicitar qualquer tipo de sanção contra integrantes do governo ou do sistema judiciário brasileiro.

“Indagado sobre contatos com parlamentares e/ou membros do governo norte-americano para tratar de temas relacionados ao STF e às eleições de 2022, respondeu que não fez nenhum contato com autoridades americanas sobre sanções a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal, membros da Procuradoria-Geral da República ou da Polícia Federal”, diz outro trecho do relatório.

Com isso, Bolsonaro buscou se desvincular diretamente das ações atribuídas a Eduardo Bolsonaro. Apesar de admitir que recebeu uma autoridade norte-americana recentemente, reforçou que a reunião teve caráter reservado e não teve como pauta a política interna do Brasil. O ex-presidente também negou ter solicitado ao filho ou a qualquer pessoa do seu entorno político que atuasse contra instituições brasileiras junto a agentes internacionais.

A investigação segue em andamento no âmbito do Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, e poderá ter novos desdobramentos a partir da análise do depoimento e de eventuais provas adicionais colhidas pela Polícia Federal. (Com informações do Portal360)

 

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