Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (30) que o 5G não será usado como moeda de troca para negociações internacionais. Ele informou que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, vai viajar na semana que vem para vários países para tratar do assunto. A declaração foi feita à imprensa, no intervalo de um passeio de moto que fez por Brasília.
“Vamos ouvir todo mundo, não tem nada decidido”, disse o presidente, completando: “Se precipita quem acha que eu vou negociar o 5G para conseguir isso ou aquilo em troca. O Fábio Faria está viajando semana que vem para visitar e ouvir todos os países envolvidos no processo. Eles têm os interesses deles e nós temos os nossos”.
O governo brasileiro decidiu não impor restrição aos chineses na implantação da tecnologia no Brasil. Com isso, atendeu a uma reivindicação da China em um momento diplomático importante. A China ajudou o Brasil a acelerar o comércio internacional de insumos para a fabricação da vacina no país.
Rede para o governo
O governo Bolsonaro decidiu liberar a chinesa Huawei no fornecimento da tecnologia para o 5G no Brasil. Para isso, por outro lado, estabeleceu a necessidade das empresas vencedoras do leilão da quinta geração da telefonia móvel no país criarem uma rede privativa para atender ao governo federal.
Uma portaria publicada nada noite desta sexta-feira (29) pelo Ministério das Comunicações com as regras para o leilão estabelece que as empresas vencedoras deverão construir uma rede privada segura para comunicação do governo.
Será uma rede móvel no Distrito Federal “para atendimento a atividades de segurança pública, defesa, serviços de socorro e emergência, resposta a desastres e outras atribuições críticas de Estado, incluindo as realizadas por entes federados, bem como para atendimento aos órgãos públicos federais”, segundo o texto.
Haverá ainda uma rede fixa “para atendimento aos órgãos públicos federais, complementar à rede de governo existente”. Para essa rede, as empresas fornecedoras dos equipamentos “observem padrões de governança corporativa compatíveis com os exigidos no mercado acionário brasileiro”. O governo não explicou quais são essas exigências.