Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2019
O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu na quinta-feira (25) o fim dos cursos de formação para novos motoristas no Brasil. “Eu acho que nem deveria ter exame de nada. Você faz uma parte escrita e vai para a prática, nem precisa cursar em autoescola”, sugeriu em sua live semanal transmitida nas redes sociais.
Bolsonaro afirmou que aprendeu a dirigir quando ainda era criança, sem curso algum: “Com 10 anos de idade eu estava dirigindo trator na fazenda em Eldorado Paulista [no interior de São Paulo]”. O presidente admitiu, no entanto, que essa é apenas uma ideia, que ficará para “um segundo momento” na sua intenção de reduzir o custo da carteira de motorista.
Na prática, ele já pediu, via projeto de lei que será analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o fim do uso obrigatório dos simuladores de direção. Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as máquinas de simulação das autoescolas, que passam a ser opcionais aos aspirantes a motoristas, elevam o preço do documento em 15% (cerca de R$ 300).
Bolsonaro também quer a ampliação da validade da CNH (carteira nacional de habilitação) de cinco para dez anos para os motoristas em geral e de dois anos e meio para cinco anos para os condutores idosos. O presidente também deseja o aumento do limite de pontos para a cassação da carteira, que dobrará de 20 para 40 pontos.
Outro objetivo do governo federal é tirar a multa para pais que não utilizam a cadeirinha para transportar crianças em seus carros. “Criaram uma polêmica com isso dizendo que eu tinha afrouxado a lei, mas na verdade eu inclui a punição de três pontos na carteira, que não existia”, afirmou durante a live.
Bolsonaro aproveitou o vídeo ao vivo para pedir uma ajuda do Congresso Nacional ao citar outra flexibilização, a de acabar com a obrigatoriedade de exames médicos em clínicas conveniadas com os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito). “No projeto nosso você pode ter esse atestado com teu irmão, com teu pai, com o vizinho, com qualquer médico”, explicou.
“Espero que a Câmara não mexa nisso. Pelo contrário, aprove e até inclua mais coisas. Afinal, 513 pessoas mais 81 no Senado têm cabeças para sugerir mais medidas para que fique mais barato isso aí”, declarou o chefe do Executivo federal sobre a CNH.