Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2019
Por 6 a 3, o Supremo impôs derrota ao Palácio do Planalto e suspendeu a medida provisória assinada por Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega/PRO presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (20) que não fará críticas à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender a medida provisória que dava fim ao Seguro de DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres).
“Decisão do Supremo. Não vou criticar”, disse o presidente no final da manhã desta sexta-feira, em frente ao Palácio da Alvorada. Por 6 a 3, o Supremo impôs na quinta-feira (19) derrota ao Palácio do Planalto e suspendeu a MP (medida provisória) assinada por Bolsonaro.
O julgamento começou na última sexta-feira (13), no plenário virtual do Supremo – uma ferramenta que permite realizar julgamentos online sem a presença física dos ministros – e foi concluído às 23h59min de quinta-feira. Dentro do governo, a derrota no STF já era considerada certa.
“Como se depreende do texto constitucional, é necessária lei complementar para dispor sobre os aspectos regulatórios do sistema financeiro nacional”, escreveu o relator do caso, ministro Edson Fachin, ao votar pela suspensão da medida provisória.
A Rede Sustentabilidade acionou o Supremo para suspender a medida provisória do governo que dá fim ao DPVAT. A sigla afirma que o Planalto não apresentou argumentos suficientes para justificar a medida, que pode ter sofrido com “potencial desvio de finalidade” ao ser utilizada para atingir um desafeto político do presidente.
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de editar uma medida provisória que extinguia, a partir de janeiro de 2020, o DPVAT e DPEM atingiria em cheio os negócios do presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).