Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2021
Após colocar em dúvida a eficácia da vacina chinesa Coronavac por diversas vezes, o presidente Jair Bolsonaro elogiou nesta quinta-feira (9), a parceria com a China que permitiu ao Brasil receber os imunizantes do país asiático.
Em reunião virtual da cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Bolsonaro lamentou ter se reunido com o presidente do país asiático, Xi Jinping, apenas uma vez desde que assumiu o mandato.
O chefe do Executivo também comentou que “parcela expressiva” das vacinas brasileiras é originária de insumos da China e mencionou vários campos de atuação conjunta entre os países.
“A parceria se tem mostrado essencial para a gestão adequada da pandemia do Brasil”, disse o presidente, dirigindo-se ao líder chinês.
Em novembro do ano passado, Bolsonaro chegou a desautorizar o seu então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao dizer que o Brasil não compraria a Coronavac, que chamou de “vacina do Doria”, em referência ao governador de São Paulo. O imunizante chinês é produzido no País em parceria com o Instituto Butantan, laboratório ligado à gestão paulista.
Mesmo após a vacina ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que comprovou a eficácia do imunizante, Bolsonaro continuou a colocar em dúvida a Coronavac. Em entrevista a uma rádio no mês passado, Bolsonaro disse que “não está dando certo”.
“Tem uma (vacina) chinesa aí que gente tomou a segunda dose, está se infectando, está morrendo, e não é pouca gente, não. A gente espera que a Anvisa dê uma resposta para a isso, ou o próprio Butantan dê uma resposta para isso. A população tem o direito de saber da real efetividade da vacina que está tomando”, afirmou Bolsonaro, na ocasião.
O imunizante não impede que as pessoas sejam contaminadas pelo vírus, mas diminui expressivamente a chance de a doença se agravar.