Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2019
O presidente Jair Bolsonaro fez uma brincadeira com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, durante a visita de um grupo de estudantes ao Palácio do Planalto, na quinta-feira (8). O grupo deu uma camisa para Bolsonaro e Moro autografarem. Ao receber a camisa de seu ministro, Bolsonaro leu o que estava escrito e disse, fingindo surpresa:
“Lula livre?”
Depois, aos risos, Bolsonaro ainda brincou com a reação do ministro:
“Fala Moro, ‘pegou pesado’!”
Antes de ser ministro, Moro foi o juiz responsável pela Operação Lava-Jato e condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão.
O episódio ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto. Bolsonaro passou pelo grupo, entre uma agenda e outra, e resolveu parar para cumprimentá-los. O ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) também estava presente.
Eles faziam parte do Grupo de Arte Nativa de Lagoa Vermelha (RS). O presidente brincou com eles, dizendo que não torcia nem pelo Internacional nem pelo Grêmio — os times mais tradicionais da região —, mas sim pelo Brasil de Pelotas. Ele também foi convidado para conhecer o “churrasco lagoense” e para tomar chimarrão.
Constrangimento
Em meio a um processo de desgaste com o Supremo Tribunal Federal e com o Congresso Nacional, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, participou de uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro em uma rede social. E saiu constrangido.
Bolsonaro questionou, em conotação sexual, se o ex-juiz federal faria um “troca-troca” com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
“Vai fazer 1 troca-troca com o Sales aí?”, questionou Bolsonaro a Moro. Sentado à mesa com o presidente, Moro sorri de forma constrangida antes de ceder lugar ao titular da pasta do Meio Ambiente. Moro havia anunciado que sairia do local por já ter terminado sua participação na transmissão.
A piada aconteceu após o enfraquecimento do pacote anticrime definido por Moro. Bolsonaro defendeu que o governo dê prioridade à principal proposta do ministro, para não atrapalhar medidas econômicas em discussão no Congresso.
O presidente afirmou que Moro precisa ter “paciência”, pois não tem mais a “caneta na mão” como na época em que era magistrado.
A declaração surpreendeu até mesmo aliados e acentuou o desgaste do ex-juiz da Operação Lava-Jato, que já foi tratado como “superministro” do governo.