Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2020
Bolsonaro e comitiva durante ida ao STF.
Foto: Marcos Correa/PRO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ampliou a lista de serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, atendendo a demanda de empresários que se reuniram com ele na manhã desta quinta-feira (7). Foram incluídos os setores fabris e de construção civil.
Bolsonaro já havia avisado, ao conversar com apoiadores e jornalistas na porta do Palácio do Planalto nesta tarde, disse que pretendia editar outras medidas semelhantes. “Falo [volta ao trabalho de forma] gradual, mas é o mais rápido possível. Tem um plano feito, dois decretos foram assinados hoje e colocaremos outras atividades”, declarou.
Bolsonaro também falou do encontro com empresários e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) mais cedo e disse que a Corte deve ouvir a voz do povo e dos empresários. “Parte da responsabilidade disso é do STF, temos que jogar no mesmo time”, disse.
O presidente foi ao STF para falar com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, sobre a economia do país e a importância de flexibilizar a abertura do comércio, em meio às restrições das atividades e ao isolamento social causados pela pandemia do novo coronavírus.
Ele também voltou a dizer que as medidas de contenção não estão resolvendo. “Essa questão de ‘fica em casa’ não está funcionando, servindo apenas para matar o comércio. 70% será infectado, não tem como fugir, é como uma chuva”, disse Bolsonaro.
Na quarta-feira (6), o ministro da Saúde Nelson Teich afirmou que haveria lugares em que recomendaria o lockdown.
Autoridades de saúde orientam a população e os governos a adotarem as medidas de isolamento e distanciamento social como forma de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Como ainda não há vacina nem remédios comprovado cientificamente contra a covid-19, a orientação visa frear a transmissão do vírus para evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados e consigam atender todos as pessoas que venham a ficar doentes.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, apesar dos programas do governo de crédito e auxílio, para proteção da renda das pessoas por três meses, talvez a indústria não consiga se manter com essa ociosidade e baixa demanda e a economia entre em colapso antes. “O alerta é importante. Embora haja proteção, o povo tenha o dinheiro na mão, daqui a 30 dias pode ser que comece a faltar nas prateleiras e desorganizar a produção brasileira e entrar em sistema de, não só de colapso economia, de desorganização social”, disse.