Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2025
A defesa pede autorização para permanência de seis a oito horas, no hospital DF Star, em Brasília, no dia 16 de agosto.
Foto: ReproduçãoO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nessa terça-feira (12) que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixe a prisão domiciliar temporariamente no próximo sábado, dia 16 de agosto, para realizar uma série de exames médicos. A solicitação foi apresentada pela defesa do ex-chefe do Executivo, que alegou agravamento no quadro de saúde de seu cliente, mencionando episódios de refluxo gastroesofágico e “soluços refratários” — sintomas persistentes e incômodos que, segundo os advogados, exigem reavaliação clínica urgente.
Na decisão, Moraes destacou que a autorização está condicionada à comprovação da realização dos procedimentos. “O requerente deve apresentar a esta SUPREMA CORTE, no prazo de 48 horas após a finalização dos respectivos procedimentos médicos, o atestado de comparecimento, consignando a data e os horários dos atendimentos”, determinou o ministro. Bolsonaro será atendido no Hospital DF Star, em Brasília, unidade de referência onde já realizou outros procedimentos no passado.
De acordo com os advogados, a permanência de Bolsonaro no hospital deve durar entre seis e oito horas, podendo ser estendida caso os resultados apontem para a necessidade de exames complementares ou intervenções adicionais. Entre os procedimentos inicialmente previstos estão coletas de sangue e urina, endoscopia digestiva alta e tomografia. A avaliação foi recomendada pela equipe médica que o acompanha regularmente.
“A solicitação decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde do peticionante (Bolsonaro)”, escreveram os advogados em petição encaminhada ao STF.
Bolsonaro está em prisão domiciliar por ordem do próprio ministro Alexandre de Moraes. A medida foi tomada após o ex-presidente ser acusado de violar restrições judiciais anteriormente impostas, principalmente ao utilizar canais indiretos — como perfis de aliados e familiares — para propagar mensagens consideradas antidemocráticas.
Na ocasião em que determinou a detenção, Moraes afirmou que Bolsonaro atuou de forma deliberada para burlar as determinações do Supremo. “Utilizou redes sociais de aliados — incluindo seus três filhos parlamentares — para divulgar mensagens com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, escreveu o magistrado.
Visitas
Além da autorização para exames, Moraes também permitiu novas visitas a Bolsonaro durante o cumprimento da prisão domiciliar. Estão autorizados a visitá-lo:
* Rogério Marinho (PL-RN), senador;
* Altineu Côrtes (PL-RJ), deputado federal;
* Ricardo Mello Araújo (PL), vice-prefeito de São Paulo;
* Tomé Abduch (Republicanos), deputado estadual paulista.