Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pediu aos governadores que o ajudem na votação de reformas para melhorar a situação fiscal dos Estados. “Queremos ajudar todo mundo, mas não podemos prejudicar o Brasil”, disse o presidente eleito em entrevista. “Não tem governador que não tenha deputado e senador no seu time. E precisamos de votos para mudar essas questões no Brasil”, afirmou.
Bolsonaro se reuniu nesta quarta-feira (14) com governadores eleitos. Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, 14 unidades da Federação estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os Estados com as piores situações são Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Os demais Estados com problemas são: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Sergipe, Acre, Paraíba, Roraima, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Alagoas. Na entrevista, Bolsonaro afirmou que ficou sabendo da reunião dos governadores quando ela já havia sido marcada. “Estou indo por motivos de consideração.”
O presidente eleito disse que vai ouvir as demandas dos Estados e repassar para a sua equipe econômica, chefiada por Paulo Guedes. Uma das reformas que a equipe de Bolsonaro gostaria de ver aprovada é a da Previdência – desejo compartilhado com o atual presidente, Michel Temer –, mas o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já a considera adiada para 2019.
Em outro momento da entrevista, Bolsonaro também disse que quer que uma medida provisória que destina dinheiro das loterias para a área da segurança seja aprovada pelo Congresso. “É um pedido do [Sérgio] Moro e está pra se expirar, se não for aprovada agora, o Moro começa sem recurso ano que vem.”
A aprovação da medida também foi, segundo Bolsonaro, ponto principal da conversa que ele teve com o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
TSE
O ministro Luís Roberto Barroso acolheu na terça-feira (13) pedido da área técnica do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e determinou ao presidente eleito Jair Bolsonaro que apresente, em três dias, esclarecimentos sobre 23 indícios de irregularidades ou inconsistências apontados pelos auditores em sua prestação de contas de campanha.
Barroso, que é relator no TSE das contas do presidente eleito, disse ter considerado pertinentes os apontamentos da Asepa (Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias).
“Diante do exposto, determino: a intimação do candidato Jair Messias Bolsonaro para, no prazo de três dias, complementar dados e documentação e/ou prestar esclarecimentos/justificativas, com vistas ao saneamento dos apontamentos”, escreveu o ministro em sua decisão. Barroso determinou que as justificativas sejam encaminhadas com status de prestação de contas final retificadora do segundo turno.