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Notícias Bolsonaro se diz preocupado com a possível vitória de Cristina Kirchner na Argentina

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A senadora peronista lidera as pesquisas de intenção de voto contra Macri, que tentará a reeleição. (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro manifestou na quinta-feira (25) sua preocupação de que a Argentina se torne uma “outra Venezuela” com uma eventual eleição da ex-presidente Cristina Kirchner, que fez parte do grupo de governantes de esquerda na década passada na América do Sul, no pleito marcado para 27 de outubro deste ano.

Em declarações à imprensa em Brasília, Bolsonaro atribuiu a atual crise econômica na Argentina, que põe em questão a reeleição do presidente Mauricio Macri, ao fato de Macri ter realizado pela metade as reformas econômicas que propunha.

“A Argentina fez uma reforma meia boca, e o Macri está tendo problema agora. E os problemas se avolumam. Pode a oposição voltar. E é uma preocupação da nossa parte, porque nós não queremos uma outra Venezuela aqui na América do Sul”, disse.

A senadora peronista lidera as pesquisas de intenção de voto contra Macri, que tentará a reeleição em meio à recessão e à alta da inflação. Embora ainda não tenha anunciado oficialmente sua candidatura, a ex-presidente lançou nesta quinta um livro que está sendo visto tanto como uma surpresa quanto um golpe no cenário político, no que pode ser uma prévia do início de sua campanha.

Bolsonaro informou na quarta (24) que viajará à Argentina no próximo dia 6 de junho a convite de Macri. Segundo o Itamaraty, a ida do presidente a Buenos Aires demonstra a prioridade dada aos vizinhos pelo governo brasileiro. Entre os assuntos que serão discutidos estará o fortalecimento do Mercosul.

Alvo das críticas do presidente brasileiro, a Venezuela está mergulhada em uma grave crise econômica, política e social sob a Presidência de Nicolás Maduro, sucessor do falecido Hugo Chávez. Ele e Cristina foram dois dos principais líderes da onda de esquerda que envolveu vários países da América do Sul, junto a Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

Recessão argentina

A última quarta-feira foi um dia difícil para a economia argentina. A Bolsa de valores em baixa, o risco-país atravessou a fronteira psicológica de 900 pontos base, e o peso argentino se desvalorizou novamente. Isso acontece em um país que vem se arrastando em uma longa recessão e que em outubro deverá ir às urnas para eleger um novo presidente.

Pela primeira vez desde março de 2014, o nível de risco-país medido pelo banco americano JP Morgan – com o qual se avalia o nível da capacidade de pagamento da dívida soberana – se colocou a caminho dos 1.000 pontos, após haver fechado na terça-feira a 860, num dia em que a moeda argentina enfrentou nova baixa.

No mercado de câmbio, o peso fechou em 44,92 pesos por dólar, na média das casas de câmbio e bancos. Embora outras moedas de países emergentes também tenham sofrido nesta quarta-feira uma nova queda em relação ao dólar – a lira turca caiu para o nível mais baixo em seis meses -, o peso argentino volta a se confirmar como a mais fraca delas, após cair em um único dia 3,47% em relação ao dólar.

Já a moeda americana acumulou um aumento de 119% desde abril de 2018, quando o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos começou a atrair para o país capitais que fugiam de nações em desenvolvimento.

Tudo isso se soma à forte baixa de 3,82% no principal índice de ações da Bolsa de Buenos Aires nesta quarta-feira, às fortes perdas das ações argentinas nos EUA e à queda no rendimento dos títulos da dívida argentina, a apenas seis meses para as eleições presidenciais no país sul-americano.

“O mundo duvida que os argentinos queiram voltar atrás, e isso dá muito medo. Então, sobe o risco-país, (os investidores) tomam posições mais defensivas. Mas acredito que estejam equivocados”, afirmou o presidente argentino, Mauricio Macri, em entrevista no rádio.

Popularidade despenca

A popularidade de Macri vem despencando há meses nas pesquisas, devido à crise econômica. Para o presidente, que deu a entender em várias entrevistas que se candidatará nas eleições de outubro, a desconfiança dos investidores é resultado do medo de que o peronismo retorne ao poder. Mais especificamente, ele se refere à ex-presidente Cristina Kirchner, que governou o país entre 2007 e 2015 e que ainda não confirmou se vai se candidatar.

Pesquisas divulgadas na segunda (22) mostram que a ex-presidente, investigada em uma série de casos de corrupção, está à frente de Mauricio Macri.

“Não basta a explicação do presidente Macri de que ‘Cristina vai ganhar as eleições, por isso o risco-país aumenta’. Isso é pouco sério para os argentinos, que sofrem diariamente com essa política econômica”, criticou o deputado kirchnerista Agustín Rossi, numa sessão da Câmara.

Segundo o legislador, que já anunciou sua intenção de concorrer às eleições, ninguém sabe “com certeza o que vai acontecer amanhã na economia argentina”.

tags: economia

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-se-diz-preocupado-com-a-possivel-vitoria-de-cristina-kirchner-na-argentina/ Bolsonaro se diz preocupado com a possível vitória de Cristina Kirchner na Argentina 2019-04-27
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