Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2019
“Oportunidade única em ter o carro do presidente Mito!!!”. Com essa frase de arremate, um anúncio publicado em um site de compra e venda procura interessados em adquirir um veículo importado avaliado em 59.900 reais.
Trata-se do Land Rover preto, blindado, modelo 2010, que pertenceu a Jair Bolsonaro até março deste ano e foi repassado ao policial federal André Garcia, morador de São Caetano do Sul (SP), que se apresenta como ex-segurança do presidente da República. No anúncio, Garcia aparece como a pessoa a ser contatada.
Bolsonaro decidiu se desfazer do veículo adquirido por ele em 2015 por 50 mil reais. Antes do presidente, o Land Rover pertenceu a uma das empresas de Cristina Boner, empresária do setor de TI e ex-companheira de Frederick Wassef, advogado que se aproximou do clã Bolsonaro há seis anos.
Temas polêmicos
O presidente da República pediu para que os seus ministros evitem temas polêmicos nas redes sociais. O assunto foi tratado na reunião ministerial que ocorre toda semana em Brasília.
Segundo um dos ministros presentes no encontro, Bolsonaro disse que tem muito trabalho a ser feito e que certos comentários podem tirar o foco do que realmente importa para o governo federal.
Já Carlos Bolsonaro, filho do chefe do Executivo, segue atacando o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, nas suas redes sociais. Em uma tentativa de amenizar a troca de farpas públicas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que quer colocar “um ponto final” na “pretensa discussão” entre Mourão e Carlos.
“De uma vez por todas o presidente gostaria de deixar claro o seguinte: quanto a seus filhos, em particular o Carlos, o presidente enfatiza que ele sempre estará a seu lado. O filho foi um dos grandes responsáveis pela vitória nas urnas, contra tudo e contra todos”, afirmou o general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, na terça-feira (23).
Ao falar sobre Carlos, segundo Rêgo Barros, o presidente disse que ele “é sangue do meu sangue”. Bolsonaro fez um afago a Mourão dizendo que ele é o subcomandante do governo e que topou o desafio das eleições, acrescentando que o vice tem dele “consideração e apreço”.
Sem citar o nome do guru da direita e escritor Olavo de Carvalho, o porta-voz disse que o presidente ressaltou “de forma genérica” que quaisquer outras influências de contribuições com o governo para mudanças no Brasil “serão muito bem-vindas”.
“O senhor presidente evidencia que declarações individuais publicadas nas mais diversas mídias são de exclusiva responsabilidade de quem as emite”, afirmou.