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Brasil Bolsonaro veta a destinação de mais de 8 bilhões de reais de fundo extinto para ações contra o coronavírus

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Agora, cabe ao Congresso analisar o veto presidencial, que poderá ser mantido ou derrubado. (Foto: EBC)

O presidente Jair Bolsonaro vetou o uso do saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias (FRM), de cerca de R$ 8,6 bilhões, para o combate ao novo coronavírus. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (3) do “Diário Oficial da União”.

A destinação do dinheiro tinha sido aprovada em maio pelo Congresso Nacional durante a análise de medida provisória editada por Bolsonaro e que extinguiu o fundo.

Ao justificar o veto, Bolsonaro argumentou que a mudança feita pelo Congresso Nacional criava uma despesa obrigatória ao poder público sem indicar o impacto financeiro, violando regras constitucionais. Com o veto presidencial, a verba fica, em princípio, sem destinação.

“O @ govbr vetou repasse R$ 8,6 bi a Estados/Municípios para não ferir regras orçamentárias e cometer crime de responsabilidade. O $ abaterá dívida pública. Em 28/maio, PR @ jairbolsonaro sancionou R$ 60 bi para combate ao #Covid19, além de diversos créditos ao @ minsaude para esse fim”, escreveu em uma rede social o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge de Oliveira.

Bolsonaro também vetou outros trechos do texto aprovado pelos parlamentares, entre os quais o que previa a repartição do dinheiro entre Estados e municípios para a compra de materiais de prevenção à pandemia.

O presidente sancionou apenas a parte da lei que extingue o fundo, que já estava inativo. Criado em 1966, o FRM era abastecido com reservas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), usadas para intervenção nos mercados de câmbio e na assistência a bancos e instituições financeiras.

O fundo é administrado pelo Banco Central e foi criado para que o órgão, por meio da intervenção nos mercados de câmbio e de títulos, desse assistência a outras instituições financeiras, principalmente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas o FRM está inoperante porque, em 2000, com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ficou proibido o socorro a bancos com a utilização de recursos públicos.

Agora, cabe ao Congresso analisar o veto presidencial, que poderá ser mantido ou derrubado. Não há ainda previsão de quando a questão será analisada pelos parlamentares.

Durante a tramitação na Câmara e no Senado, o projeto havia sido aprovado com grande consenso.

Entre os deputados, a votação tinha sido simbólica (sem o registro de votos no painel eletrônico), modalidade usada geralmente quando há acordo sobre o teor da matéria. No Senado, a aprovação havia sido unânime, com 75 votos a favor.

Acordo com Executivo

Ao ser questionado sobre o veto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter ficado surpreso com a decisão de Bolsonaro.

“A informação que eu tinha dos deputados era que tinha ocorrido um acordo, inclusive para a destinação desses recursos. De fato, surpreendeu o veto do governo em relação a esses 8,6 bilhões. É um direito do presidente [vetar]. Cabe ao Parlamento chamar uma sessão do Congresso e decidir pela manutenção ou derrubada do veto”, disse.

No dia em que o projeto foi votado na Câmara, o deputado Sanderson (PSL-RS), um dos vice-líderes do governo, foi o responsável por indicar a posição governista. Ele deixou claro que o Palácio do Planalto era a favor de destinar o dinheiro para os entes federados usarem no enfrentamento ao coronavírus.

“O governo é favorável a fazer a destinação de R$ 8,7 bilhões para ajuda específica a estados e municípios neste momento tão difícil”, disse Sanderson na ocasião.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-veta-a-destinacao-de-86-bilhoes-de-reais-de-fundo-extinto-para-acoes-contra-o-coronavirus/ Bolsonaro veta a destinação de mais de 8 bilhões de reais de fundo extinto para ações contra o coronavírus 2020-06-03
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