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Celebridades Brad Pitt protagoniza filme de ficção científica “Ad Astra”, que estreia nesta quinta

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O ator Brad Pitt em Ad Astra. (Foto: Reprodução)

No início desta semana, o ator e diretor Brad Pitt visitou Washington para a estreia de Ad Astra, um filme de ficção científica em que ele interpreta um astronauta enviado para Netuno para resgatar seu pai que supostamente está morto. James Gray concebeu sua ideia em 2011, mas deixou-a na gaveta até Pitt concordar em produzi-la em 2016. O filme, ambos concordam, mudou profundamente nos anos seguintes e se tornou tanto uma meditação sobre a desilusão da meia idade como um olhar especulativo no futuro na era espacial. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

“É um cavalo selvagem e ele escapa de você”, diz Gray, referindo-se não só a Ad Astra, mas sobre cada filme que dirigiu, incluindo A Cidade Perdida de Z. “É nosso trabalho torná-lo belo enquanto ele foge”.

Brad Pitt ri admirado com a frase, que surgiu com frequência durante uma conversa rápida que girou em torno da recente viagem publicitária de Pitt à Ásia até a situação do cinema moderno. Os dois são amigos desde meados da década de 1990 e seus encontros de lá para cá, sempre o deixavam mais relaxado. “Talvez pelo fato de James ser tão aberto e comunicativo quanto aos seus erros e embaraços, isto leva uma pessoa fechada como eu a ser também mais aberta”.

Gray e Pitt veem Ad Astra como uma maneira de examinar ideias retrógradas sobre masculinidade que vêm sendo questionadas. “Temos de redefinir isto”, diz Pitt, falando da imagem do herói cool, emocionalmente distante. Na verdade, quando o ator se descreve como uma pessoa fechada, ele pode estar falando sobre seu próprio personagem. O comandante Roy McBride é uma pessoa compulsivamente autocontrolada.

Há cenas ótimas de viagens no espaço no filme, como também manobras assombrosas, uma batalha com piratas na lua e um encontro terrível numa nave de pesquisa biomédica. Mas o efeito especial mais impressionante pode ser o próprio Brad Pitt que tem um desempenho cuidadosamente calibrado como um homem que passa por uma catarse que muda sua vida.

Vindo logo depois de um trabalho similarmente bem-sucedido no filme Quentin Tarantino, Era uma vez em Hollywood, a interpretação de Pitt como o comandante em Ad Astra é ainda mais imponente por ser tão contido e sutil. (“Por favor, não chamem este ano de retorno. Continuo agindo da mesma maneira como sempre agi”, Pitt insiste, dizendo que normalmente faz um filme por ano, com pausas ocasionais.

Ver McBride cultivar o isolamento e depois romper com ele, pode nos levar a comparações com a própria fama extrema de Pitt.

Embora o ator de 55 anos diga que não é uma pessoa fechada como seu personagem McBride (“Só não sou tão aberto como meu amigo Jimmy James Gray é”), ele reconhece que há paralelos na solidão irresistível da celebridade.

“Certamente quando comecei minha carreira eu me senti perdido, não compreendendo ser separado do rebanho”, diz ele, lembrando seu momento decisivo na carreira no filme Thelma & Louise, de 1991. “Sempre achei que foi um manual ou um tipo de preparação do que significava esse tipo de liberdade, ser anônimo na rua”.

Mas, Pitt insiste, Ad Astra “tem mais coisas a ver do que isto”. Relembrando as imagens de masculinidade da sua juventude no Missouri, ele diz: “é a imagem do estoico Homem Marlboro com a qual eu cresci, meu pai a cultivava, como um campeão. E acho que é exatamente isto que você identifica quando chega num certo momento na sua vida e pensa, ‘isso não funciona mais. Anseio por uma correlação maior e tenho de ver qual a minha parte nisto”.

Pitt e Gray concordam que, se tivessem realizado Ad Astra 20 ou 10 anos atrás, seria uma aventura espacial mais convencional sobre um sujeito cool. Em vez disto é um filme que tem a ver muito mais com um homem na meia idade, repleto de dúvidas, dor e incerteza.

“Esta foi a grande parte das nossas conversas”, explica Brad. “Compreender nosso passado, o nosso e o deles, realmente nos aprofundamos nisto. O que torna a jornada de Roy, eu acho – uma viagem aos pontos mais distantes do sistema solar para olhar para o seu passado, antes de avançar para um estado de mais liberdade”.

Pitt não está só interessado em redefinir a imagem do macho, mas está investido também na redefinição do cinema americano. Ele fundou a companhia de produção Plan B e promoveu cineastas como Steve MCQueen (12 Anos de Escravidão), Barry Jenkins (Moonlight) e Ava DuVernay (Selma). No que muitos veem como uma tentativa de Pitt para usar seu privilégio de homem branco para o bem, ele insiste que nada mais é do que apoiar a visão artística e a narrativa corajosa. Mas não há dúvida que um setor infestado por ideias incomodamente estreitas sobre o que os autores devem ser, ele e seus executivos se dispõem a mudar esse foco.

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