Quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2015
“Se o Brasil fosse um paciente internado, os médicos do pronto-socorro o diagnosticariam como um doente em estado terminal”, afirma o jornal britânico Financial Times. “Os rins já pararam; o coração vai em breve”, segundo a publicação. Em artigo com o título “A terrível queda do Brasil da graça econômica”, o jornal ressalta que a economia brasileira está “uma bagunça” e que deve encolher até 3% neste ano e 2% em 2016.
“As finanças públicas estão em desordem”, destaca o texto, lembrando que o governo estimou, neste mês, que as contas públicas deverão ter déficit primário no próximo ano, o que levou a agência de classificação de risco Standard & Poor’s a retirar o grau de investimento do Brasil.
“Dado o difícil ambiente externo – a desaceleração da economia da China, o colapso dos preços das commodities e a alta dos juros dos EUA –, o Brasil está sofrendo os primeiros sinais de um estresse econômico extremo”, afirma o periódico.
O jornal aponta, no entanto, que “ironicamente” não foram os problemas econômicos que levaram à decisão da S&P, mas sim a crise política: “Dilma Rousseff, a presidenta, não é amada por seu próprio partido e sofre forte rejeição: ela é o presidente mais impopular da história do Brasil. Por isso é quase impossível para ela responder adequadamente aos problemas econômicos”.