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Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2015
Mais de 10 milhões de linhas de celular foram desativadas no Brasil em cinco meses, de acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Em maio, o País contava com 284,2 milhões de linhas móveis, mas registrou 273 milhões de linhas ativas em outubro, uma queda de 3% no total. Antes dessa série de retrações consecutivas, só havia registro de uma única queda mensal desde 2005, em julho de 2006.
As quatro maiores operadoras do País – Claro, Oi, TIM e Vivo – perderam linhas ativas. A Vivo, líder de mercado, desconectou 3,6 milhões de números de telefone. A TIM teve queda de 3,3 milhões. Claro e Oi tiveram redução, respectivamente, de 2,5 milhões e 1,3 milhão.
Para analistas, a queda no número de linhas ativas é reflexo de uma mudança no comportamento dos consumidores: eles estão deixando de fazer ligações para usar aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp. “O uso dos aplicativos de mensagens fez o brasileiro abandonar os serviços de voz”, diz o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. As operadoras reconhecem o impacto. “Através desses serviços, pouco importa a operadora que a pessoa usa”, diz o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik.
Segundo Tude, o aumento do uso de mensagens instantâneas também fez os brasileiros reduzirem o número de chips de operadoras diferentes usados no mesmo aparelho celular. (AE)