Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2025
Antes, ainda sob o impacto do embargo, a ABPA havia reduzido em agosto suas projeções para o ano, vendo uma queda de 2%, principalmente por conta do embargo chinês
Foto: ReproduçãoAs exportações brasileiras de carne de frango devem atingir até 5,32 milhões de toneladas em 2025, alta de 0,5% na comparação com 2024, impulsionadas pela reversão de embargos de países como China após a resolução de um caso de gripe aviária em granja comercial em maio, estimou nesta quarta-feira (3) a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Antes, ainda sob o impacto do embargo, a ABPA havia reduzido em agosto suas projeções para o ano, vendo uma queda de 2%, principalmente por conta do embargo chinês. Em novembro, a China suspendeu a proibição, voltando a comprar o produto brasileiro.
Apesar do crescimento nos embarques do maior exportador global de carne de frango, as exportações ainda deverão fechar abaixo das estimativas iniciais. Antes do surto no Estado do Rio Grande do Sul, controlado em cerca de um mês, a ABPA havia projetado um crescimento de até 1,9% nas exportações de frango, para 5,4 milhões de toneladas.
O retorno dos surtos de gripe aviária nos Estados Unidos, que tendem a reduzir a produção local e as exportações de frango do principal concorrente do Brasil nos mercados globais, também pode impulsionar as exportações nacionais de frango, segundo a ABPA.
“O Brasil detém 38% do comércio global de frango e os EUA, 27%”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA, em coletiva de imprensa. “Qualquer redução (nas exportações americanas) tem um grande impacto.”
Para 2026, a entidade projeta que os embarques de frango alcancem até 5,5 milhões de toneladas. A produção nacional de carne de frango também deve crescer, chegando a até 15,3 milhões de toneladas em 2025, ante 14,972 milhões em 2024. Em 2026, a produção pode atingir 15,6 milhões de toneladas, segundo a ABPA.
No segmento de carne suína, as exportações brasileiras devem somar até 1,49 milhão de toneladas em 2025, frente a 1,35 milhão em 2024, destacou a ABPA, prevendo que o Brasil poderá se tornar o terceiro exportador global do produto este ano.
Surtos de peste suína africana em países europeus e nas Filipinas criam oportunidades para fornecedores brasileiros. Para 2026, a previsão é de até 1,55 milhão de toneladas. A produção de carne suína no país deve alcançar até 5,55 milhões de toneladas em 2025, ante 5,3 milhões no ano anterior, e chegar a 5,7 milhões de toneladas em 2026, conforme estimativas da ABPA.