Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2015
Aimigração em grande escala de pessoas de países pobres para os mais ricos será uma característica permanente da economia nas próximas décadas, segundo o Relatório de Monitoramento Global 2014-2015, divulgado neste mês pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo Banco Mundial.
Conforme o diretor do FMI em território brasileiro, Otaviano Canuto, o País poderá aproveitar a tendência para desenvolvimento. O documento classificou o Brasil de nação que está na fase tardia de dividendo demográfico – perdeu a primeira fase do bônus populacional, mas ainda poderá aproveitar os anos seguintes.
“Daqui a algum tempo, o Brasil começará a enfrentar a escassez de mão de obra em algumas áreas e, para isso, a imigração deverá ser interessante”, disse Canuto durante seminário na FGV (Fundação Getulio Vargas) nessa sexta-feira.
O dirigente do FMI destacou que, além da ajuda de imigrantes, o Brasil precisará fazer ajustes internos para usufruir o que resta desse período de bônus demográfico. Segundo Canuto, um dos ajustes é a reforma previdenciária.
“O País é um dos mais generosos do mundo em relação ao sistema previdenciário. O espaço que era para ser de crescimento da poupança foi usado para sustentar um sistema de transferências que, a longo prazo, não é sustentável. Por isso, temos que ter urgência em mudar esse processo”, aconselhou o dirigente. (ABr)