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Brasil Brasileiro resgata dinheiro da poupança para consumir, diz professor de economia

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Mais de 29 bilhões de reais foram sacados nos primeiros quatro meses de 2015. Foto: Marcos Cunha/Agência Freelancer

Dados divulgados pelo BC (Banco Central) esta semana mostraram que, nos primeiros quatro meses de 2015, os brasileiros realizaram o maior volume de retiradas da poupança desde a implantação do Plano Real, em 1994. Foram mais de 29 bilhões de reais resgatados. Com os juros e inflação elevados, a caderneta perdeu a atratividade como investimento, mas para o professor de finanças Alexandre Cabral, os saques não foram realizados com o intuito de buscar opções mais rentáveis, mas para pagar contas.

“Boa parte disso está indo para consumo. Temos dois dados ruins, com o desemprego aumentando e o salário do brasileiro perdendo para inflação”, comentou.

No primeiro trimestre a taxa de desemprego no Brasil aumentou para 7,9%. Há um ano esse percentual era de 7,2%, segundo os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), medida em todos os 26 Estados e no Distrito Federal. Além disso, com inflação em 8,17% até abril, o ganho real do salário nas negociações dos sindicatos fica mais distante.

Cabral também deu como dado a captação do Tesouro Direto, que vem crescendo em um ritmo normal, mas tem um patrimônio de 15 bilhões de reais, bem abaixo dos saques realizados na poupança este ano e do total da caderneta, de 630 bilhões de reais.

“Esses resgates não estão indo para o Tesouro Direto”, argumenta. A captação líquida dos fundos de investimento no País foi de 10,9 bilhões de reais, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) este ano até abril.

“Não consigo ver reversão no curto prazo, a não ser que a inflação se estabilize.
Mas não vejo esse número de quase 30 bilhões de reais voltar para poupança”, salientou o professor.

Pela regra atual, quando a Selic (a taxa básica de juros) está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR (Taxa Referencial). Essa fórmula está em vigor desde o fim de agosto de 2013.

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