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Por Redação O Sul | 13 de julho de 2015
Brasília foi palco de pelo menos 558 manifestações de janeiro à primeira quinzena de junho de 2015, segundo dados fornecidos pela PM (Polícia Militar) e Secretaria de Segurança Pública. A quantidade representa mais de três protestos por dia na capital do País.
Os locais preferidos dos manifestantes são a Esplanada dos Ministérios, onde ficam o Congresso Nacional, ministérios e órgãos do governo federal, e o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, com 496 atos. Mais 62 manifestações foram feitas em outros locais, como rodovias e secretarias do DF.
O público varia de acordo com o lugar dos atos, mas a média é de 1,2 mil pessoas, informou a PM. Entretanto, nos grandes protestos na Esplanada, a quantidade chega a 10 mil, afirmou. Em março deste ano, 45 mil pessoas foram às ruas para protestar contra a presidenta Dilma Rousseff e a corrupção. Em rodovias, cerca de cem manifestantes costumam participar das ações.
O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília David Fleischer disse que o primeiro ano de um novo governo historicamente tem mais protestos. Entretanto, ele disse que 2015 é “excepcional” na capital. “Temos o início do segundo mandato de Dilma e o primeiro do Rollemberg. Todo início gera mais protestos. Se comparar com 2011, a situação fiscal não era tão crítica.”
Balanço da PM
Para o porta-voz da Polícia Militar do DF, capitão Michello Bueno, a quantidade de protestos realizados no período é grande, mas ainda dentro de uma média contabilizada como normal pela corporação.
No primeiro semestre, dez manifestantes foram presos por desacato ou desobediência, disse, e um policial militar ficou ferido. Ele teve a costela quebrada durante um protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no dia 11 de junho na DF-003, próximo a Sobradinho. Os militares dispararam bombas de gás para desobstruir a via. O grupo reagiu atirando pedras. (AG)