Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2015
Se já era difícil captar a atenção das pessoas quando as tecnologias digitais não existiam, agora ficou pior. Um estudo desenvolvido pela Microsoft revelou que o tempo médio de atenção das pessoas caiu de 12 segundos, em 2000, para oito em 2013. A queda no nível de concentração coloca os humanos abaixo até mesmo de um peixinho dourado, que é capaz de se manter atento por até nove segundos. De acordo com a pesquisa, a diminuição é fruto da revolução móvel – com a chegada dos smartphones e tablets – que disseminou a conexão ao ambiente digital de maneira constante.
“Pessoas que ficam conectadas em vários dispositivos ao mesmo tempo encontram dificuldade de filtrar estímulos irrelevantes – são mais facilmente atraídas por múltiplos fluxos de mídia”, aponta o relatório.
A pesquisa, feita no Canadá, monitorou 2 mil pessoas e estudou a atividade cerebral de outras 112 através de eletroencefalogramas. Além da perda nos níveis de atenção, o estudo identificou que o cérebro desenvolveu uma capacidade muito maior de realizar várias tarefas ao mesmo tempo.
Segundo a Microsoft, as transformações são fruto da habilidade do cérebro de se adaptar a novas condições. A queda nos níveis de atenção seria então uma consequência da evolução para a internet móvel.
O estudo também identificou uma diferença de comportamento entre as gerações. Pelo menos 77% dos jovens de 18 a 24 anos responderam que quando nada prende a atenção deles a primeira coisa que fazem é olhar o celular. Na faixa etária de mais de 65 anos, apenas 10% responderam ter o mesmo comportamento. Quando perguntados se a última coisa que fazem antes de dormir é olhar o celular, 73% dos jovens responderam que sim, contra 18% dos idosos. (AG)