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Notícias Cai a mortalidade infantil no Rio Grande do Sul e no Brasil.

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Entre as possíveis causas para a queda, pesquisadora salientou a diminuição do número de mães com menos de três anos de estudo e com baixo número de consultas pré-natal. Foto: Paulo Pinto/AE

A taxa de mortalidade infantil de menores de 1 ano está diminuindo no Rio Grande do Sul e em todo o País. No comparativo entre os triênios 2001-2003 e 2011-2013, houve uma redução de 30% no Brasil e de 31% no Estado na razão entre o total de mortes de menores de 1 ano e o total de nascidos vivos. No triênio 2011-2013, o Brasil registrou 13,5 mortes a cada 1 mil nascidos e, no RS, a taxa é de 10,9 óbitos em 1 mil nascimentos. Os dados constam do estudo evolução da taxa de mortalidade infantil no RS, segundo o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, de 2001 a 2013, da estatística Marilyn Agranonik, pesquisadora da FEE (Fundação de Economia e Estatística).
A autora parte da constatação de que a mortalidade infantil é fortemente influenciada pelas condições econômicas da população e avalia a evolução da TMI (taxa de mortalidade infantil) trienal da população que vive no RS, no período de 2001 a 2013, segundo o PIBpc (PIB per capita)  de 2012 dos municípios em que residiam.
“Especificamente, o estudo divide a população do Estado em dois extratos de renda: os que vivem nos municípios de menor PIBpc (50% dos municípios) e os que residem nos municípios de maior PIBpc. Ao longo de todo período analisado, o grupo de menor PIBpc apresentou maiores TMIs. Entretanto, percebe-se que, ao longo da série, as TMIs dos dois grupos se aproximaram. O grupo de maior PIBpc apresentou TMI de 14,7 por 1 mil no triênio 2001-2003 e de 10,7 por 1 mil em 2011-2013, enquanto, no grupo de menor PIBpc, a TMI caiu de 17,3 por 1 mil em 2001-2003 para 11,4 por 1 mil em 2011-2013”.
Causas para a queda
Entre as possíveis causas para a queda na mortalidade infantil no grupo de menor PIBpc, Marilyn salientou a diminuição do número de mães com menos de três anos de estudo e com baixo número de consultas pré-natal. “Esses fatos podem explicar a melhora na TMI para esse grupo, visto que o aumento na escolaridade materna reflete uma maior percepção dos problemas de saúde, bem como uma maior utilização dos serviços de saúde.”
Desigualdade social
Um estudo sobre o bem-estar de mães e seus bebês pelo mundo destacou o abismo existente entre a favela e o asfalto quanto à qualidade dos serviços de saúde ofertados, tanto em cidades brasileiras como em metrópoles internacionais.
O levantamento anual “O Bem-Estar das Mães do Mundo 2015”, feito pela ONG (organização não governamental) Save the Children, colocou o Brasil em 77 lugar do ranking entre 179 países analisados, abaixo de países latino-americanos como Argentina e México.
O relatório compilou dados levantados por outras instituições – de saúde materna, mortalidade infantil, educação, renda per capita e até representatividade feminina no governo – e, no caso brasileiro, citou um estudo realizado no Rio de Janeiro que apontou que a taxa de mortalidade de recém-nascidos chega a ser 50% maior em favelas do que em bairros mais ricos.
“Há crescentes evidências de que os bairros onde se vive têm muito a ver com o acesso à saúde de qualidade. Hospitais de boa qualidade muitas vezes estão reservados a mães que têm poder econômico”, explicou o diretor regional da Save the Children para a América Latina, Beat Rohr.

Ele lembrou que, historicamente, a saúde mundial tendia a ser melhor nas áreas urbanas do que nas rurais. “Mas hoje vemos que dentro das próprias cidades essa disparidade é muito grande, e isso se reflete em mortalidade materna e infantil. Se algumas gestantes têm acompanhamento regular em bairros ricos, isso nem sempre ocorre em bairros pobres, onde às vezes o médico não está e a consulta não é frequente.”
No Brasil, mulheres têm uma chance em 780 de  morrer de causas relacionadas à gravidez – nesse indicador específico, o País fica em 82 lugar entre as 179 nações analisadas.
Dados de março deste ano apontam que a mortalidade materna vem caindo, mas em ritmo insuficiente para que o País alcance, até o fim deste ano, o ODM (Objetivo de Desenvolvimento do Milênio)  no quesito.
A altíssima taxa de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias, a falta de treinamento de equipes especializadas e a proibição do aborto são alguns dos fatores apontados como barreiras para que o risco diminua mais no Brasil.

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https://www.osul.com.br/cai-taxa-de-mortalidade-infantil-no-rio-grande-do-sul-e-no-brasil/ Cai a mortalidade infantil no Rio Grande do Sul e no Brasil. 2015-05-20
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