Quarta-feira, 29 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Calor extremo e poluição matam mais de 3 milhões de pessoas por ano, informa relatório

Compartilhe esta notícia:

No Brasil, o cenário também é preocupante.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
No Brasil, o cenário também é preocupante. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O calor extremo e a poluição são responsáveis por mais de 3 milhões de mortes todos os anos. É o que mostra um novo relatório publicado na revista científica “The Lancet” nesta quarta-feira (29).

A publicação anual “Lancet Countdown on Health and Climate Change” é uma colaboração internacional liderada pela University College London e produzida em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O relatório contou com a contribuição de 128 especialistas de mais de 70 instituições acadêmicas e agências da ONU.

O levantamento deste ano destaca que a incapacidade de conter os efeitos do aquecimento global levou a um aumento de 23% nas mortes relacionadas ao calor desde os anos 1990, chegando a 546 mil óbitos anualmente. O estudo também aponta que cerca de 2,52 milhões de mortes em todo o mundo foram causadas pela queima de combustíveis fósseis.

No Brasil, o cenário também é preocupante. Somente entre 2012 e 2021, o País registrou uma média anual estimada de 3,6 mil mortes provocadas pelo calor, valor 4,4 vezes maior do que o observado na década de 1990.

“O balanço apresenta um quadro sombrio e inegável das consequências devastadoras das mudanças climáticas – com ameaças sem precedentes à saúde devido ao calor e a eventos climáticos extremos – que já estão matando milhões de pessoas”, alerta Marina Romanello, diretora executiva do Lancet Countdown na University College London.

De forma geral, isso é o que mostra o relatório para boa parte do mundo: as ameaças das alterações climáticas à saúde atingiram níveis sem precedentes.

A publicação alerta que, dos 20 indicadores utilizados para analisar os riscos para a saúde e os impactos das alterações climáticas, 13 estabeleceram novos e preocupantes recordes no último ano.

Por outro lado, a transição energética surge como uma solução importante. O relatório mostra que cerca de 160 mil vidas são salvas anualmente como resultado da produção de energia por fontes renováveis.

Um dos principais destaques do relatório é o aumento no número de dias de calor extremo anualmente – e como isso já impacta a saúde da população.

Em nível mundial, cada pessoa esteve exposta, em média, a um recorde de 16 dias de calor extremo em 2024. Em locais como o norte da América do Sul e partes da África Subsaariana, o período de onda de calor superou os 40 dias.

O Brasil ficou bem próximo da média. Em 2024, os brasileiros sofreram, em média, com 15,6 dias de onda de calor. E desses, 94% não teriam acontecido se não fossem as mudanças climáticas. O ano de 2024 foi o mais quente da história e o primeiro a ultrapassar a marca de 1,5°C de aumento na temperatura média global em relação aos níveis pré-industriais.

Além do aumento na mortalidade por conta das altas temperaturas, o relatório destaca que os termômetros elevados também impactam a saúde física e mental. Segundo os especialistas, as principais atividades do dia a dia afetadas pela elevação das temperaturas:

– Capacidade de trabalho
– Prática de exercício físico ao ar livre
– Qualidade do sono

Outro ponto ressaltado na publicação é que as condições climáticas mais quentes e secas também contribuem para o aumento dos incêndios florestais e do número de pessoas em situação de insegurança alimentar.

O relatório também analisou como as mudanças climáticas têm impactado a saúde da população dos diferentes países.

No Brasil, como consequência do maior número de dias de calor intenso, as pessoas vivenciaram 352 horas a mais de risco, ao menos moderado, de estresse térmico durante a prática de exercícios – em comparação à média de 1990 a 1999.

O impacto também foi sentido na força de trabalho no país: a exposição ao calor resultou na perda média de 6.786.428.640 horas potenciais de trabalho, 51% a mais do que na década de 1990.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Ibovespa supera os 148 mil pontos e renova recorde; dólar fecha a R$ 5,35
Milei declara Comando Vermelho e PCC como organizações narcoterroristas
https://www.osul.com.br/calor-extremo-e-poluicao-matam-mais-de-3-milhoes-de-pessoas-por-ano-informa-relatorio/ Calor extremo e poluição matam mais de 3 milhões de pessoas por ano, informa relatório 2025-10-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar