Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2020
Camila ressaltou a importância de conversar com a família sobre seus sentimentos
Foto: Twitter/Camila CoelhoUma das maiores influenciadoras do mundo, Camila Coelho publicou um vídeo para falar sobre sua história com a epilepsia. Ela revelou o diagnóstico, dado aos 9 anos de idade, publicamente no começo do ano.
“Nunca pensei que seria tão profundamente aberta sobre minha vida pessoal. [Se você assiste meus Stories, sabe que compartilho mais a fundo coisas pessoais, e desafios que tenho, incluindo epilepsia]. Mas compartilhar todos os detalhes sobre o que me tornou mais vulnerável ao longo dos anos, em um vídeo, é um pouco assustador. Minha esperança é que compartilhando minha história, minhas lutas e desafios, eu possa ajudar aqueles que estão lutando agora, especialmente com aceitação própria e amando a si mesmos!”, escreveu ela.
No vídeo de quase 18 minutos, Camila detalhou cada fase de sua vida após o diagnóstico. “Lutei e rejeitei a mim mesma no passado, não tinha um sentimento de pertencimento. Apenas minha família, meus amigos e aqueles que trabalham comigo sabiam dessa condição. Tomar a decisão de compartilhá-la com o mundo foi assustador. Ainda existe um estigma sobre isso”, começou ela.
“Depois de falar sobre isso, me senti mais forte e confiante. Isso provou que, ao compartilhar nossas fraquezas, podemos salvar outras pessoas. Eu cresci ouvindo que eu não precisaria contar para as pessoas. Você não está sozinho. Especialmente vocês que têm epilepsia, estou com vocês.”
Camila contou que o diagnóstico aconteceu na infância. Ela estava brincando com amigos quando começou a sentir as mãos se fechando sozinhas. “Ela achava que eu estava brincando e a mãe dela viu que algo estava errado. Quando ela tentou abrir minhas mãos, eu desmaiei. Foi minha primeira convulsão. Fui para o hospital e fiz todos os exames. Eu tive uma vida normal com meu tipo e nível de epilepsia. Mas na segunda fase, eu comecei a sofrer com essa condição.”
Na adolescência, Camila começou a enfrentar a rejeição. “Eu não podia consumir álcool. Eles me perguntaram por que eu não podia. ‘Você tem problema? Você tem medo?’. Todas essas palavras, quando você é insegura, pode te machucar. O mais engraçado era que eu nem queria beber, mas queria provar para eles que eu era igual a eles. Isso me fazia me sentir insegura a ponto de querer parar de tomar meus remédios. Chegou a um ponto que eu me perguntava: ‘Por que eu?’. Foi durante esses anos que eu perdi minha luz.”
Camila ressaltou a importância de conversar com a família sobre seus sentimentos. “Eu fiz escolhas erradas. Um dia, eu acordei e parei de tomar meus remédios. Fiquei alguns meses sem. Eu tive uma convulsão na escola, na frente de todos os meus amigos. Lembro de acordar e chorar muito. Eu sabia que tinha feito algo errado. Só queria apagar aquele da minha vida, senti vergonha de voltar para a escola.”