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Rio Grande do Sul Caso Miguel: acusadas são interrogadas e júri retorna nesta sexta

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Bruna e Yasmin respondem pelos crimes de tortura, homicídio triplamente qualificados e ocultação de cadáver.

Foto: Juliano Verardi/DICOM/TJRS
Bruna e Yasmin respondem pelos crimes de tortura, homicídio triplamente qualificados e ocultação de cadáver. (Foto: Juliano Verardi/DICOM/TJRS)

O interrogatório de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e de Bruna Nathiele Porto da Rosa, acusadas de serem responsáveis pela morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, em julho de 2021, encerrou o primeiro dia de julgamento delas. As rés respondem pelos crimes de tortura, homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

O júri retornará nesta sexta-feira (5), a partir das 9h30min, no Foro da Comarca de Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho.

Interrogatório de Yasmin

Yasmin, 28 anos, respondeu aos questionamentos de sua defensora. Ela admitiu que bateu forte no menino e que ministrou uma dosagem excessiva de medicamentos quando ele acordou no dia seguinte, o que teria causado a sua morte. “Mereço todo ódio possível. Eu sinto ódio de mim todo segundo”, declarou a mãe de Miguel. “Eu amo o meu filho. Eu rezo pelo Miguel todos os dias. Eu peço que ele me perdoe todos os dias.”

Ela afirmou que seu sonho era ser mãe e que Miguel era o seu motivo de vida. Que ele era agredido pela companheira e que se considera “um monstro” por não ter tomado nenhuma atitude. “Eu sou um monstro. Se eu tô aqui hoje é porque eu fui péssima como mãe e como ser humano, mas jamais imaginei que ela pudesse fazer isso”.

Confirmou que bateu no menino um dia antes do seu desaparecimento, por ele ter defecado nas calças. No dia seguinte, Miguel acordou “molinho”, gelado e sem apetite. Yasmin disse que não saiu para trabalhar nesse dia. O menino reclamou de dor. “O Miguel começou a gritar. Hoje eu sei que deveria ter levado ele ao médico. Aquele dia eu não fiz isso”. Ela disse que, então, ministrou duas medicações na criança.

Que saiu de casa por 1 hora e que, quando retornou, viu Bruna debaixo da mesa, deitada em posição fetal. “Corri para o quarto, vi o Miguel deitado no colchão. Ele estava todo gelado, todo roxo. O Miguel estava roxo e duro.” Elas se deram conta de que a criança estava sem vida e que se desfizeram do corpo por achar que não iriam acreditar que a morte foi acidental.

Atualmente, a ré está presa preventivamente no Presídio Feminino Madre Pelletier.

Interrogatório de Bruna

Bruna Nathiele Porto da Rosa, 26 anos, negou participação no homicídio, admitiu que cometeu violência psicológica com Miguel e que ajudou a ocultar o cadáver da criança. Ela respondeu aos questionamentos dos seus defensores e do Ministério Público, deixando de fora a banca de advogados da ex-companheira, Yasmin.

A ré disse que a mãe de Miguel era manipuladora, ciumenta e costumava também ser bastante agressiva com o filho e com ela. Que o menino não recebia alimentação adequada, que vivia em isolamento e era trancado no roupeiro, fazendo inclusive as necessidades fisiológicas ali dentro. “Ela dizia que se ele gritasse, ia bater mais forte”, afirmou. Argumentou que tentava fazer cessar as agressões contra o enteado, mas que apanhava também.

Declarou que o vídeo gravado por ela, em que aparece ameaçando bater em Miguel, foi uma simulação feita a mando de Yasmin para fazer com que a avó da criança ficasse com ele. E que nunca bateu no menino.

Bruna está presa preventivamente no Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

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