Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2019
Nesta época de aproximação do inverno, os casos de gripe começam a chegar e com eles, o aumento nas ocorrências de conjuntivite. A doença se manifesta, geralmente, com vermelhidão nos olhos e lacrimejamento excessivo e espesso, resultando em queixas de que os olhos estão “colados”.
O médico oftalmologista Renato Neves, comenta que, assim como a gripe, o tipo mais comum de conjuntivite é uma infecção viral – embora haja outros tantos tipos frequentes, como conjuntivite bacteriana, alérgica, química etc. “É bastante comum que o indivíduo fique gripado e tenha conjuntivite ao mesmo tempo. Em casos mais severos de conjuntivite viral, a esclera – parte branca dos olhos – se apresenta avermelhada, o entorno dos olhos pode inchar, e o lacrimejamento aumenta três ou quatro vezes, sendo que às vezes é purulento e de coloração amarelo-esverdeado”, explica ele.
Neves adverte que toda irritação ocular prolongada deve ser avaliada por um oftalmologista, para fazer um diagnóstico detalhado do problema e descartar outras doenças da visão. Além disso, ele explica que há como diminuir o incômodo do paciente.
“Geralmente, a conjuntivite dura entre uma e duas semanas, não mais que isso. Mas há meios de atenuar o desconforto nesses dias e evitar que ela se espalhe entre as pessoas do convívio do paciente até desaparecer por completo”, diz ele, Enquanto o uso de colírios específicos proporciona mais alívio em caso de dor, sensação de areia nos olhos e vontade de permanecer de olhos fechados, lágrimas artificiais contribuem para aumentar o bem-estar. Também é fundamental que o paciente esteja sempre com as mãos bem lavadas, evitando levá-las aos olhos antes de tocar em objetos de uso comum, como maçanetas, toalhas etc. Nesses dias, inclusive, deve evitar compartilhar roupas, travesseiros, celulares, canetas, chaves etc.”
Assim como o vírus da gripe, o vírus da conjuntivite pode permanecer ativo por até três dias numa maçaneta, por exemplo, expondo outras pessoas ao risco de contrair a doença. “A vacinação contra gripe pode ser bastante útil, também, em relação à conjuntivite, já que melhora o sistema imunológico do indivíduo. Mas o que as pessoas têm de manter em mente é que, seja por gripe ou conjuntivite, lavar sempre as mãos é fundamental para evitar uma piora da doença e principalmente que ela se espalhe”, conclui Neves.