Quinta-feira, 12 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2025
Porto Alegre tem 16.099 casos confirmados de dengue, com 17 óbitos registrados devido à doença, e dois casos importados confirmados de chikungunya até 7 de junho (final da semana epidemiológica 23). A dengue continua sendo a arbovirose com maior importância epidemiológica na Capital. A principal forma de transmissão da dengue é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti.
As notificações de suspeitas à vigilância epidemiológica desde a primeira semana epidemiológica do ano somam 52.182. Neste período, foram identificados três sorotipos do vírus da dengue em Porto Alegre entre os quatro que existem – DENV1, DENV2, DENV3.
Os bairros com maior incidência de dengue por 100 mil habitantes na última semana foram Mário Quintana (111,19), Cascata (86,64), Costa e Silva (66,25), Ruben Berta (64,45) e Jardim São Pedro (60,24).
Os dados estão sujeitos à revisão e estão publicados no Informativo Epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira, 10, pela Diretoria de Vigilância em Saúde. A atualização dos dados é de segunda-feira (9).
As pessoas que faleceram devido à dengue eram residentes nos bairros Vila Ipiranga, Jd. Itu (2), Passo das Pedras (2), Rubem Berta (2), Jd. Sabará, Sarandi (2), Menino Deus, Santa Rosa de Lima, Santa Tereza, Parque Santa Fé, Cascata, Vila Jardim e Tristeza.
17º óbito
A Vigilância epidemiológica confirmou nessa terça-feira (10) o 17º óbito provocado por dengue na cidade em 2025. Trata-se de uma senhora de 85 anos, com comorbidades, residente no bairro Tristeza. O falecimento ocorreu em 30 de maio e o início dos sintomas, em 24 de maio.
Em 2025, entraram em investigação 33 óbitos por suspeita de dengue. Do total, 17 foram confirmados pela doença, oito ocorreram por outras causas e oito seguem em investigação. O número de mortes por dengue neste ano é o maior já registrado em Porto Alegre.
Sintomas da dengue
Febre alta (39°C a 40°C) com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Os sinais podem agravar, ocasionando o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e morte.
Todos os indivíduos estão expostos à dengue, mas alguns fatores de risco individuais, como idade, etnicidade e comorbidades podem determinar a gravidade da doença. Também, se a pessoa já teve dengue, ao ter a doença novamente, as chances de gravidade aumentam.
As defesas do organismo (anticorpos) da pessoa reagem ao sorotipo do vírus da dengue com o qual foram infectados e não protegem para os demais, ou seja, a imunidade é permanente somente para um mesmo sorotipo viral.