Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2019
Colocar o celular para carregar antes de dormir tornou-se uma prática comum. É o momento em que nos recarregamos e fazemos o mesmo com o aparelho. Seria assim para Andreia Jenkofsky, 45 anos, não fosse o celular do marido, Márcio Pereira Rodrigues, 41, explodir. Eram 4h da manhã de segunda-feira (23) quando ela acordou com o barulho e o calor. As informações são do portal de notícias UOL.
“Percebi o cabelo pegando fogo, depois senti o braço ardendo e então percebi que estava com a queimadura”, disse Andreia Jenkofsky.
Andreia sofreu queimadura de segundo grau no braço e em parte do cabelo. Ela foi atendida no hospital de Salto (SP), onde mora. Os ferimentos foram limpos pela equipe médica, que fizeram curativo e a liberaram.
Segundo Andreia, o celular estava carregando sobre uma mesinha de cabeceira ao lado da cama. Parte do colchão, do travesseiro e do lençol também ficaram queimados. Ela diz que o aparelho, um Motorola G4 Play, tinha por volta de três anos de uso, não apresentava nenhum defeito e era carregado com o carregador original.
Andreia apontou que a Motorola entrou em contato e que o celular foi enviado à empresa. A Motorola, por sua vez, emitiu uma nota em que diz que “todos os seus produtos são cuidadosamente projetados e fabricados com os mais altos padrões de excelência em qualidade, sendo submetidos aos testes rigorosos para oferecer ótimo desempenho para o consumidor”.
O aparelho passará por testes e análises técnicas para descobrir o que gerou a explosão e o fogo. Na mesma nota, a Motorola ainda pede aos usuários que usem acessórios e equipamentos projetados, fabricados e/ou aprovados pela empresa.
Em setembro, uma adolescente do Cazaquistão morreu após o celular explodir. Ela dormiu enquanto ouvia música pelo aparelho, que estava sendo carregado. No Rio Grande do Sul, uma bombeira voluntária e técnica em enfermagem morreu após incêndio em seu apartamento. Uma das hipóteses é que tenha ocorrido um curto-circuito no celular que estava carregando ao lado da cama em que ela dormia.
Carregar o celular é mesmo perigoso?
A resposta é depende. Existem riscos que precisam ser analisados, mas o carregador em si não é o maior vilão em casos de incêndio, segundos os especialistas. Mas o perigo pode estar no uso de carregadores piratas.
Carregadores originais, homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), só fornecem energia para o celular se eles estiverem ligados ao aparelho. No caso dos piratas, isso não tem como ser garantido.
Logo, mesmo que o celular não esteja conectado ao carregador, o dispositivo pode estar puxando energia se estiver ligado na tomada.
Esta situação, combinada com problemas na rede elétrica do local, podem sim aumentar as chances de qualquer curto-circuito.
No caso dos carregadores originais, os especialistas afirmam que ele funciona como um interruptor sem a lâmpada quando não estão ligados na tomada. Por isso, o risco de eles causarem algum curto-circuito é bem raro.
De qualquer forma, a recomendação é sempre tirar o carregador da tomada assim que o ciclo de recarga for concluído, seja ele original ou pirata. Isso por que existe também o risco de um raio atingir a rede elétrica em dias de chuva. Aí, nenhum sobrevive, dependendo do impacto.