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Por Redação O Sul | 22 de junho de 2020
Estudo é realizado por pesquisadores do Paraná.
Foto: Reprodução/TV BrasilPesquisadores da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), do CHC-UFPR (Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná) e do ICC/FiocruzParaná (Instituto Carlos Chagas da Fundação Instituto Oswaldo Cruz) iniciaram uma pesquisa pioneira que usa células-tronco no tratamento de pacientes com a Covid-19. O coordenador do Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR, Paulo Brofman, um dos líderes do projeto, disse nesta segunda-feira (22) que a doença se apresenta de maneira muito diversificada nos pacientes, envolvendo desde sintomas leves até situação pulmonar bastante grave, que leva à necessidade de intubação e apoio de prótese artificial ou de respirador.
“Um grande problema desses pacientes que evoluem de maneira mais grave é que ocorre uma alteração que a gente chama de “tempestade de citocinas” e leva a uma inflamação respiratória muito grande que vai ocupar boa parte da estrutura pulmonar, fazendo com que a área de troca do CO2 pelo oxigênio diminua muito”, explicou Brofman.
O Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR já tem vasta experiência com o uso de CTMs (células tronco mesenquimais), derivadas do TCU (tecido do cordão umbilical), para doenças pulmonares, desde pesquisa básica, pesquisa clínica e até em pesquisa clínica experimental.
“E elas se mostraram muito próprias para isso, porque têm uma importante ação anti-inflamatória. Isso vai fazer com que a diminuição dessa carga viral de citocinas que estão produzindo essa reação inflamatória diminua de maneira significativa, fazendo com que as células que possam ir ao pulmão e complicar a situação dele, não façam esse caminho”, disse Paulo Brofman acrescentando que a expectativa é muito promissora, no sentido de tratar os pacientes já gravemente comprometidos.