Terça-feira, 30 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Thunderstorm

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| Cerco ao hacker que chantageou a primeira-dama Marcela Temer envolveu 33 policiais, fuga e grampos

Compartilhe esta notícia:

Marcela ao lado do marido (Foto: Reuters)

A operação para prender o hacker Silvonei José de Jesus Souza, que furtou dados de um celular da primeira-dama Marcela Temer, em abril do ano passado, teve aspectos cinematográficos, com 33 policiais civis envolvidos, entre delegados, investigadores e peritos, e escutas telefônicas em tempo real.

Em meados de abril, Souza ameaçou divulgar um áudio de WhatsApp furtado do celular de Marcela caso não recebesse R$ 300 mil. Na época, Michel Temer era vice de Dilma Rousseff e o impeachment ainda seria votado na Câmara dos Deputados.

O jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem com detalhes da tentativa de extorsão contra Marcela na sexta-feira (10), mas foi censurado por ordem judicial, a pedido do Planalto, e suprimiu o texto do seu site na manhã de segunda-feira (13). O jornal recorreu da decisão.

Após a invasão do hacker, o irmão de Marcela, Karlo Augusto, que também havia sido contatado pelo criminoso, registrou queixa na polícia de Paulínia (SP), onde mora. À época, especialistas em segurança apontaram, com a condição de anonimato, que seria atribuição da Polícia Federal investigar crime contra familiares do vice-presidente. Naquele momento, a PF estava subordinada ao ministro José Eduardo Cardozo, do PT.

Temer levou o caso ao então secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, já que a polícia paulista também teria competência de apurá-lo, com base no local da ocorrência. Sob o comando de Moraes, a investigação ficou a cargo da Delegacia Antissequestro do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), unidade especializada que cuida de crimes que envolvem ricos e famosos.

Ação

O número de homens mobilizados pela polícia foi semelhante ao que atuou na investigação da maior chacina já registrada em São Paulo, que deixou 17 mortos em Osasco e Barueri, em agosto de 2015.

Em 11 de maio, após cerca de 20 dias de investigação, policiais civis à paisana foram ao prédio de Souza, na zona sul de São Paulo. Viram a caminhonete da família do hacker, uma Santa Fe, sair da garagem. Seguiram-na até uma escola, onde a mulher do suspeito foi buscar os filhos. Souza não estava junto.

Uma equipe de PMs que fazia ronda desconfiou dos policiais civis descaracterizados e os abordou na porta da escola. Enquanto os policiais se apresentavam aos PMs, a mulher do hacker telefonou para ele, avisando sobre o cerco.

Souza fugiu do apartamento sem ser visto. Na fuga, telefonou para uma série de pessoas, mas seu celular estava sendo rastreado e grampeado. Foi preso ao pedir para um amigo ir buscá-lo. Também ligou para seu advogado, revelando que os HDs que continham os arquivos estavam em cima de seu guarda-roupa. A polícia ouviu a ligação e, com mandado de busca e apreensão, levou todos os equipamentos encontrados na casa.

Além de Souza, sua mulher e outras duas pessoas foram detidas e liberadas após a investigação descartar o envolvimento delas no crime. Antes, porém, elas também tiveram todos os seus celulares e computadores apreendidos, para que não restassem eventuais cópias de arquivos furtados do celular clonado. Ao todo, foram apreendidos mais de 20 aparelhos. O hacker foi condenado a cinco anos e 10 meses de prisão. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

Laureus consagra Bolt, Biles e Phelps em noite sem prêmios para o Brasil
Samba, cardápio saboroso e caipirinha no Boteco da SABA
https://www.osul.com.br/cerco-ao-hacker-que-chantageou-a-primeira-dama-marcela-temer-envolveu-33-policiais-fuga-e-grampos/ Cerco ao hacker que chantageou a primeira-dama Marcela Temer envolveu 33 policiais, fuga e grampos 2017-02-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar