Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2015
O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, fechou acordo de delação premiada após sua defesa entregar evidências de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), tentou, em conluio com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, fazer com que ele não firmasse colaboração com a Justiça. Delcídio e Esteves foram presos na quarta-feira. O acordo foi ajustado entre advogados de Cerveró e a PGR (Procuradoria-Geral da República) na quarta-feira da última semana.
O filho de Cerveró, Bernardo, entregou aos investigadores imagens de Delcídio oferecendo vantagens ao ex-diretor para que ele não fizesse delação. O acordo foi firmado com a PGR por envolver políticos de foro privilegiado e também cita a presidenta Dilma Rousseff ao afirmar que ela sabia dos esquemas envolvendo a estatal como integrante do conselho da companhia.
Esta foi a terceira rodada de negociações entre Cerveró e os procuradores no sentido se firmar um acordo de delação. As primeiras conversas aconteceram por volta de agosto, quando ele falou sobre a compensação do contrato de um navio-sonda da Schaihin para quitar uma dívida de campanha com o PT. O ex-diretor também havia citado em um dos anexos que o senador ganhou propina na venda da refinaria de Pasadena (EUA). Na época, porém, os procuradores não consideravam Cerveró uma figura “confiável” e o viam como um “jogador”. (Folhapress)