Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A primeira grande pilhéria da campanha eleitoral é promovida por candidatos que enchem o peito e a boca para lembrar que “em nosso governo foram criados milhões de empregos”. Quem abre empregos é a iniciativa privada, que faz empréstimos com juros altos, empreende, enfrenta burocracia infindável, paga impostos escorchantes e corre riscos. Se os candidatos prometerem que os governos não atrapalharão, já será um grande ganho.
Na corda bamba
Sem a definição eleitoral, a Economia seguirá em passos lentos e com os empresários pouco confiantes para dizer se vão investir novos recursos em seus negócios. Dependerá da escolha de um presidente mais populista ou mais liberal.
É preciso aposentar trapaceiros
Não adianta candidatos prometerem o que não poderão cumprir. De demagogia, promessas vazias, mentiras e engodo os eleitores estão saturados. A situação do desemprego, do desaquecimento da Economia, do risco de volta da inflação e do dólar disparando formam um cenário nebuloso à espera de clareza. Eleição é a oportunidade de escolher os melhores. Não se deixar enganar por espertalhões torna-se o melhor caminho.
Subindo
De 2014 a 2018, a falta de emprego no país saltou de 6,8 para 12,4 por cento, atingindo a mais de 13 milhões de pessoas. Levantamento em 233 países mostra que o Brasil está na posição 204 entre os que têm mais desempregados.
Este conhece
Henrique Meirelles mostra que sabe surfar: afasta-se do presidente Michel Temer e entra na onda de Lula.
Anticorrupção
Até o final deste mês, o plenário da Assembleia Legislativa votará projeto do deputado Tiago Simon que regulamenta, no Estado, a Lei Anticorrupção federal. Será um instrumento para punir empresas que cometam crime contra a administração pública com multa de até 60 milhões de reais, além de incluir mecanismo de prevenção.
Convite ao uso da tesoura
O déficit previsto de 1 bilhão e 164 milhões de reais na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 não sensibiliza os vereadores, como o Executivo esperava. A maioria na Câmara Municipal continua determinada a votar contra o projeto de aumento do IPTU. O argumento da oposição é que a Prefeitura precisa se esforçar mais para cortar a despesa.
Esforço perdido
Projeto na fila de votações da Câmara dos Deputados prevê que órgãos do Sistema Nacional de Trânsito serão obrigados a divulgar mensalmente, pela Internet, como aplicam o dinheiro arrecadado com multas. A intenção é boa. Porém, quando entram no caixa, têm destinação certa: saldar algum pagamento atrasado, seja qual for.
Há 20 anos
A 22 de agosto de 1998, o mercado financeiro no Brasil viveu o dia mais nervoso desde o começo da crise asiática em outubro do ano anterior. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o pregão chegou a ser interrompido pelo sistema anticrash ao cair 10 por cento.
Dança dos nomes
Em 2010, o comandante Hugo Chávez cortou cinco zeros da moeda venezuelana e a renovou, lançando o bolívar forte. Ontem, Nicolás Maduro usou a mesma tática: cinco zeros a menos, passando a vigorar o bolívar soberano. Na sequência, haverá plebiscito para escolha do próximo nome: robusto, deslumbrante, estupendo, encantador, formidável ou radiante. Até que Sua Excelência caia de maduro.
Tipos de segredo
O professor alemão Max Planck dizia: “A física quântica ninguém sabe o que é, mas funciona.” Cabe acrescentar: “A Economia no Brasil todo mundo sabe o que é, mas não funciona.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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